Pouco mais de um mês depois de assumir como suplente pela última vez, a secretária municipal de Políticas Públicas, Guiomar Machado, retornou à Câmara de Santa Cruz ontem. E, mais uma vez, foi reprimida duramente pelo líder da bancada de seu antigo partido, o PTB. No dia 8 de julho, Mathias Bertram havia pedido que Guiomar se abstivesse de ocupar a cadeira de vereadora, já que não é mais filiada ao PTB.
Irritado ao se deparar com Guiomar no plenário, Mathias não poupou palavras na tribuna.
Disse que a ex-colega “não é bem-vinda” na Câmara e que ela estaria ali “a mando de alguém”, graças a uma “manobra do governo” para garantir votos a seu favor. Mathias chegou a dizer que a presença de Guiomar lhe causou “vontade de vomitar” e ironizou o fato de os vereadores suplentes terem direito a receber o equivalente a um quarto de salário para cada sessão de que participam. “A senhora não deve estar ganhando o suficiente como secretária. Acho que R$ 16 mil deve ser pouco, já que veio buscar mais R$ 2 mil aqui”, disparou.
Tomou as dores
A sessão terminou sem que Guiomar respondesse a Mathias – conforme já havia ocorrido na sessão de julho. Quem tomou as dores foi Ari Thessing (PT). Logo após o pronunciamento de Mathias, Thessing subiu à tribuna e disse que o líder do PTB “faltou com respeito com toda a Casa” e que sua fala foi “baixa”. “Sua reação foi desproporcional. Faltou postura de líder político”, criticou. Thessing alegou ainda que é comum governos enviarem secretários à Câmara para garantir votos.
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