Vinte e duas pessoas cometeram suicídio em Santa Cruz do Sul no ano passado. Os dados foram registrados pelo Comitê de Prevenção do Suicídio, criado em 2015. De acordo com a presidente do departamento e psicóloga do Caps A2, Marliza Schwingel, dentre as vítimas, 17 eram homens. As mulheres, no entanto, são a maioria nas tentativas de suicídio, com um índice 70% mais alto. “Enquanto que no Brasil o índice para 100 mil habitantes está em torno de seis suicídios, Santa Cruz teve 22. É um índice muito alto ainda.”
Nessa terça-feira, 9, foi lançado o Plano Municipal de Prevenção do Suicídio e Promoção à Vida. “É a primeira vez que se constrói isso em Santa Cruz. A partir de agora, várias instituições devem começar a se envolver porque o suicídio é também um problema de saúde pública. Ele é de responsabilidade não só da Saúde, mas da sociedade. E a sociedade precisa estar informada”, comentou Marliza à Rádio Gazeta.
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A presidente do comitê destaca que as vítimas costumam dar sinais quando pretendem cometer suicídio, como organizar a vida e deixar tudo em ordem com a família e em casa. “As mulheres dão os mesmos sinais, mas elas falam mais, dividem mais. O homem já parece que está tudo bem, quando por dentro não está”, conta. Em 2017, o Observatório do Suicídio analisou o contexto dos casos no município e constatou que a violência estava por trás de 70% deles.
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