A Justiça determinou a indisponibilidade de três imóveis e dois veículos de propriedade do vereador afastado de Santa Cruz, Paulo Lersch. Preso preventivamente desde o último dia 5 pela Operação Feudalismo, do Ministério Público, Lersch já é réu em duas ações judiciais.
Lersch é acusado de chefiar um esquema criminoso que consistia na exigência de parte dos salários de CCs nomeados por ele na Câmara. O bloqueio dos bens foi decretado por meio de liminar concedida pela juíza Letícia Bernardes da Silva, da 3ª Vara Cível, que irá julgar a ação de improbidade administrativa ajuizada na semana passada pelo MP contra Lersch e o seu assessor, Carlos Henrique Gomes da Silva, que também está preso. Também foram bloqueados um veículo de propriedade de Carlos Henrique, além de um veículo, um imóvel e uma fração de um imóvel pertencentes a Nersi Ana Backes, mãe de Lersch.
O MP também havia solicitado o bloqueio de outros sete veículos que pertencem a uma empresa de transportes da qual Lersch é sócio. Nesse caso, porém, o pedido foi indeferido pela juíza. “Ainda que o demandado Paulo seja sócio, o patrimônio da pessoa jurídica é independente do patrimônio individual da pessoa física, até prova eventual em contrário”, escreveu a magistrada.
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No mesmo despacho, a Justiça determinou o afastamento temporário de Lersch e Carlos Henrique da Câmara. Na prática, porém, eles já estão afastados desde o dia 5, por conta de uma decisão da juíza Luciane Glesse, da 1ª Vara Criminal, onde eles e Nersi respondem a uma ação por associação criminosa, concussão e coação no curso do processo.
Nesta segunda-feira, o plenário da Câmara de Santa Cruz vai decidir se recebe ou não a denúncia contra Lersch oferecida pela presidente Bruna Molz (PTB). Se a denúncia for aceita, será instalada uma comissão parlamentar processante para discutir a cassação do mandato de Lersch.
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