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Cinema

Logan tem pré-estreia nos cinemas de Santa Cruz

Hugh Jackman chegou em São Paulo enquanto alguns foliões ainda tentavam encontrar um lugar para encerrar a noite carnavalesca. O ator veio de Berlim, cujo festival de cinema apresentou o mais novo filme do australiano de 48 anos, Logan, sua nona e última aparição como Wolverine. Em caráter de pré-estreia, o filme entra em cartaz hoje nos dois cinemas de Santa Cruz do Sul.

Em uma rotina digna de uma estrela da música, na qual as horas de sono são gastas em aviões, o ator corre o mundo para divulgar seu personagem mais antigo. Poucas horas depois de aterrissar no País, ele já estava diante da imprensa. “Obrigado”, dizia ele em português, a cada momento oportuno. Também elogiava as questões que lhe eram feitas, fossem elas sobre os gêneros que inspiraram o filme (faroeste e road movies) até sobre o que sentia ao se despedir de um personagem que o acompanhou por tanto tempo. “Não estou me despedindo de Logan. Tenho a impressão de que ele sempre estará comigo.”

Desde 2000, quando foi chamado para ocupar a vaga de Dougray Scott no filme X-Men, de Bryan Singer, ele é o rosto do Wolverine. Os urros selvagens na tela e a simpatia fora dela garantiram um longo casamento entre Jackman e Logan, o mais famoso mutante entre os X-Men. A união chega ao fim com Logan, de John Mangold, o mesmo de Wolverine: Imortal, de 2013, a segunda aventura solo do personagem. É o fim de uma era. “A Comic Con de San Diego, quando começamos, deveria reunir 15 mil pessoas. Agora, são 500 mil. Os heróis são uma parte importante da indústria do entretenimento. E tudo isso começou com X-Men.” 

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O novo filme do Wolverine se passa no futuro, em 2029, e os mutantes estão quase extintos. O personagem está naquilo que Jackman chama de “inverno de sua vida”, com seus poderes comprometidos, cabelos grisalhos e cicatrizes pelo corpo. “Esse filme é sobre envelhecer, sobre a morte, sobre família, sobre riscos.” Prestes a deixar a franquia dos X-Men de vez, Jackman chama Wolverine pelo nome civil, de Logan. E isso ajuda a entender o motivo pelo qual o filme segue um caminho de humanizar ao máximo um dos mais queridos personagens das HQs. “Gostaria de contar a história de um homem, não de um herói”, ele diz. 

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