Unindo a cidade, o painel de Pablo Picasso (1881-1973) e o longa que carregam o mesmo nome está um repórter, George Steer (1909-1944). Ele é inspiração por trás de “Gernika”, coprodução de Espanha e Estados Unidos sobre o bombardeio alemão do País Basco em 26 de abril de 1937, durante a Guerra Civil Espanhola. Segundo os moradores, 1.500 pessoas morreram no ataque, que durou quatro horas.
À época, o jornalista britânico reportou a tragédia para o “The Times” e o “The New York Times”. Traduzido para o francês pelo jornal “l’Humanité”, seu relato inspirou a criar o painel icônico, hoje exposto no Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madrid.
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Nomeado com a grafia basca, “Gernika” será o primeiro longa-metragem a retratar o bombardeio da cidade. Segundo o “The Guardian”, a história pessoal de Steer – rebatizado de Henry (a ser vivido por James D’Arcy) e naturalizado americano, no filme – será o foco da narrativa. Nela, ele conhecerá Teresa (a espanhola María Valverde), editora do departamento de imprensa dos republicanos que se opõem aos nacionalistas a serviço do general Francisco Franco.
Gravado no meio deste ano nos arredores de Bilbao, o longa tem orçamento de £4,2 milhões e é dirigido pelo basco Koldo Serra, que recolheu depoimentos de sobreviventes em 2012 e encara o filme como projeto pessoal.
“Henry terá traços de George Steer, Ernest Hemingway e Robert Capa. Embora o filme tenha sequências de batalha, a história é, em seu âmago, um relato íntimo. Espero que se assemelhe a ‘Casablanca'”, declarou Serra.
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