O Ministério da Saúde vai antecipar a vacinação de militares e agentes de segurança que atuam no combate direto à Covid-19, como policiais escalados para fiscalizar medidas de distanciamento social. A decisão foi informada nesta quarta-feira, 31, a governadores, que vinham pressionando por uma orientação mais clara do governo federal sobre a imunização destes grupos.
Agora, a Saúde irá reservar doses exclusivamente para a vacinação de agentes envolvidos em atividades ligadas à pandemia: no atendimento ou transporte de pacientes; em resgate e atendimento pré-hospitalar; nas ações de vacinação para a Covid-19 e na fiscalização de medidas de distanciamento social. Sobre o último grupo, o ministério ressalta que há “contato direto e constante com o público” e que a vacinação será feita “independente da categoria”.
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Segundo gestores da área de saúde, a nova orientação foi definida em reunião na terça-feira, 30, de representantes do ministério, Estados e municípios. Secretários locais afirmam que havia forte pressão para antecipar a imunização destes grupos e até mesmo receio de motim de agentes que atuam na linha de frente, especialmente na fiscalização do fechamento do comércio e de outras restrições.
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Agentes de segurança já faziam parte da lista de prioridades da vacinação para a Covid-19, mas só seriam contemplados mais tarde, após a conclusão da imunização de pessoas acima de 60 anos ou com comorbidade, por exemplo. Integrantes das Forças Armadas estavam ainda mais distantes, atrás de presos, população em situação de rua, trabalhadores da educação e outras categorias.
Em nota técnica sobre “vacinação do grupo de Forças de Segurança e Salvamento e Forças Armadas”, a Saúde não diz qual o tamanho desta população e quais outros grupos prioritários devem ter a vacinação atrasada com a nova orientação. A pasta apenas afirma que “dispõe das estimativas globais desses profissionais” e que a “identificação destes” será feita em conversa com representantes de secretarias locais.
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“Caso ocorram excedentes de doses, estas deverão ser direcionadas para aqueles com 60 anos ou mais, com comorbidades ou deficiência permanente”, afirma a Saúde.
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A mudança na regra não beneficia de imediato todos os agentes de segurança ou militares. A nota afirma que trabalhadores que não estão envolvidos diretamente com as ações da pandemia só serão vacinados quando chegar a hora prevista no plano nacional.
Assim, ficam fora da nova regra profissionais que atuam no “apoio logístico” à vacinação; transporte de insumos para áreas com alto grau de contaminação; ações de vigilância de fronteiras, espaço aéreo, espaço marítimo e controle de tráfego aéreo e marítimo; apoio à ações de combate aos crimes transnacionais e ambientais, e “demais militares”.
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