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COLUNA

Jane Berwanger: ‘Não vá concordando porque a proposta parece boa’

Resolvi escrever a coluna sobre esse tema porque vejo muitas pessoas caindo em golpes ou tomando decisões erradas. Vou falar de uma série de situações que parece que vem já com um alerta para que a pessoa “fique com o pé atrás” e não se jogue naquela proposta.

Se você vê uma proposta de um carro com preço de mercado de R$ 50 mil e que estão oferecendo por R$ 30 mil, desconfie. É provável que haja algum problema bem relevante para que o valor de venda seja tão inferior.

Se você recebe uma ligação dizendo que tem um dinheiro na sua conta, que tem um empréstimo já aprovado, para pagar em dezenas de meses, veja bem do que se trata, não vá concordando porque a proposta parece boa. Veja se você tem mesmo necessidade desse empréstimo. Geralmente as instituições oferecem dinheiro para quem não precisa.

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Empréstimos não solicitados têm sido motivo de muitas reclamações. Aliás, uma questão que ninguém entende é como essas empresas conseguem os dados do cliente em detalhes: valor do benefício previdenciário, valor dos atrasados, número de telefone, etc. Entrou em vigor em agosto passado a Lei Geral de Proteção de Dados, mas precisamos evoluir muito porque nem os dados sigilosos conseguem ser mantidos em segredo.

Quando te pedem dados como CPF, endereço e até senha, pense duas vezes. Verifique com quem está falando, se realmente é alguém que é merecedor da sua confiança, se você já tem uma relação de trabalho, um contrato, enfim, um motivo que justifique fornecer essas informações.

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Se você recebe um e-mail ou WhatsApp oferecendo uma revisão de contrato bancário, prometendo que você não vai precisar pagar nada, desconfie. Isso não pode estar certo. Aliás, se você recebe um e-mail ou mensagem oferecendo serviços de advogado, já está errado, porque se você não é cliente ainda, o advogado não pode lhe oferecer nada. Outro dia vi um e-mail que usava indevidamente o nome da Defensoria Pública. Receita Federal, bancos, Polícia, tribunais, Defensoria Pública não mandam e-mails para os cidadãos. Desconfie.

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Há alguns casos em que você deve desconfiar mais. Se prometerem benefício previdenciário no teto e você pagou a vida toda no salário-mínimo, tem algo estranho. Desconfie. Muitas teses para ter um benefício maior estão em discussão nos tribunais superiores.

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Talvez a desconfiança deva ser maior quando a proposta vem “do nada”. Explico: você não perguntou nada para ninguém, não ouviu falar do assunto, e de repente recebe um e-mail ou uma mensagem de WhatsApp dizendo que você tem direito a alguma revisão.

Procure se informar sobre quem te enviou e sobre o que estão propondo. Na dúvida, procure um advogado com quem possa conversar quando tiver perguntas a fazer. Digo isso porque às vezes o cliente não consegue contato com advogados que “apareceram do nada” no seu e-mail.

Não estou propondo um desconfiômetro geral, de tudo, mas um pouco mais de cuidado e atenção que podem evitar aborrecimentos futuros.

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