Com o slogan “Sono bom, futuro saudável”, os especialistas da Associação Brasileira do Sono (ABS), Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e Associação Brasileira de Odontologia do Sono (Abros) promoverão de 15 a 21 de março a Semana do Sono 2021. Diferente de anos anteriores, em que os eventos presenciais eram realizados, desta vez, em função da pandemia, a programação será online e contará com a participação de profissionais de diversos Estados do País. Eles esclarecerão dúvidas sobre a boa qualidade do sono e também as principais doenças do sono, como apneia, sonolência excessiva e insônia. Além disso, serão abordadas as particularidades do sono nas diferentes faixas etárias (crianças, adolescentes, adultos e idosos).
Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o presidente da Associação Brasileira do Sono no Rio Grande do Sul, o cirurgião-dentista Antônio Rocha, explicou que a campanha é uma iniciativa cultural e educacional sem fins lucrativos e tem o objetivo de promover a conscientização social sobre a importância do sono para a saúde e qualidade de vida. “Estamos vivendo a situação da pandemia, que bagunçou muito a nossa saúde e o nosso sono, pela questão da ansiedade. As pessoas também tem comido mais, aumentando seu peso e o risco de apneia do sono e de insônia. Um sono de boa qualidade favorece um equilíbrio geral do nosso organismo e contribui para o aumento da imunidade”, esclarece.
Rocha destaca ainda que uma boa noite de sono está baseada em quantidade e na qualidade do sono. “O ideal é dormir sete horas por noite. Claro, há pessoas que dormem bem menos e se sentem bem e aquelas que precisam de mais horas. A questão da qualidade envolve um ambiente adequado, sem barulho, livre de luminosidade e de coisas que podem perturbar.” Ele acrescenta que outro fator importante é ter uma boa respiração durante o sono. “A oxigenação é essencial para que o nosso organismo faça todas as etapas do sono de maneira adequada e estável, permitindo que a gente possa regenerar o nosso corpo e preparar ele para o dia seguinte”, afirma.
Publicidade
Sobre a adaptação no formato do evento, ele acredita que há algumas vantagens, como a participação de um público maior e a interação de especialistas da área de todo o País. “Quem tem problemas com insônia e está aqui em Santa Cruz poderá acessar as redes sociais e ter a possibilidade de ouvir um especialista que está em São Paulo, na Bahia ou aqui no Rio Grande do Sul mesmo, e tirar suas dúvidas. Diferente se as atividades fossem no presencial, pois não haveria a oportunidade de ter tantos profissionais reunidos como nesta edição.”
Crianças estão dormindo cada vez menos
O sono é importante para a restauração do corpo e do cérebro e para a produção e equilíbrio de vários hormônios importantes. No entanto, estudos comprovam que as pessoas estão cada vez dormindo menos, em especial as crianças. “As crianças estão indo dormir cada vez mais tarde. Elas se acostumam com a rotina dos adultos, que é errada. As crianças precisam dormir por mais tempo – além de ser bom para seu desenvolvimento e para o cérebro, ajuda a criar uma rotina saudável. Na Europa, os pais colocam seus filhos para dormir próximo das 20 horas, e este é o horário ideal”, alerta o presidente da Associação Brasileira do Sono no Rio Grande do Sul, Antônio Rocha.
Publicidade
Outra questão, segundo ele, é a luminosidade dos aparelhos eletrônicos, como celulares, tablets e outros que são utilizados para que a criança assista um desenho ou vídeo antes de dormir. Eles influenciam diretamente na qualidade do sono. “A claridade da tela de um celular ou de um tablet, por mais que seja regulada, faz com que nosso cérebro entenda que é dia e o hormônio que deveria ter sido liberado de maneira gradativa para preparar o organismo para dormir não é liberado. A criança fica mais tempo acordada”, explica. O recomendado para ativar os circuitos neurais que ajudam a induzir o sono é ler para a criança. “Nossos pais, utilizando uma luz mais amena, liam para nós antes de dormir. Muitas vezes era a mesma história, que já sabíamos de cor, e pegávamos no sono. Então, peço que os pais façam esta reflexão e tragam do passado hábitos mais saudáveis para seus filhos”, conclui.
Como assistir
As lives serão transmitidas no Instagram da Associação Brasileira do Sono, pelo Facebook e em outras redes sociais, como YouTube, Spotify e Deezer.
Publicidade