O preço da gasolina subiu novamente em Santa Cruz do Sul. Em uma semana, o valor médio do litro do tipo comum passou de R$ 4,55 para R$ 4,69, uma diferença de 14 centavos. Há postos com promoções, com o litro por R$ 4,61 e até mesmo por R$ 4,59. Mas são exceções.
A versão aditivada varia entre R$ 4,69 e R$ 4,84. O motivo imediato é o reajuste de 4% da Petrobras nas refinarias, anunciado na última quarta-feira. É o segundo aumento, já que outra elevação havia sido anunciada na semana anterior, de 2,8%.
Conforme o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal’Aqua, diversos fatores influenciam no preço final. Um dos motivos para esse aumento é o câmbio aquecido.
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A ascensão do dólar faz o barril de petróleo tornar-se mais caro. A entressafra de cana-de-açúcar também afeta diretamente o custo de produção, pois há uma proporção de 27% de álcool anidro na gasolina. Para receber mais, as usinas de cana vendem o que produzem com acréscimo, ainda mais diante da falta de matéria-prima.
Dal’Aqua projeta um novo aumento no início do mês, por causa do ICMS. Uma tabela nacional de preços é atualizada a cada 15 dias pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O órgão reúne os secretários de Fazenda de todos os estados e do Distrito Federal.
O valor médio dessa tabela é utilizado para o cálculo do ICMS. Quando o ICMS sobe, o preço do combustível também é reajustado. “Estamos em um momento conturbado nessa questão. Há uma série de fatores que acabam influenciando nas altas de preço”, sintetiza Dal’Aqua.
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