Ficou para o dia 3 de março o novo capítulo sobre a polêmica mudança do Santuário de Schoenstatt, transferido no fim do ano passado de seu local original, na BR-471, na Zona Sul de Santa Cruz do Sul, para a Rua Thomaz Flores, no Centro. A audiência de conciliação que seria realizada nessa quinta-feira, 18, pelo Ministério Público com as partes envolvidas – o Instituto Secular das Irmãs de Maria, que administra o santuário, e a Prefeitura de Santa Cruz do Sul, que doou o terreno para o grupo religioso em 1975 – foi novamente adiada. O encontro seria inicialmente no dia 11 de fevereiro, mas foi transferido por um problema de saúde do advogado de defesa das Irmãs de Maria – o mesmo motivo do novo adiamento.
O Ministério Público, por meio da Promotoria de Defesa Comunitária, realiza a mediação entre as partes, para evitar um processo judicial contra a venda da área, um terreno de 29,5 hectares com valor estimado de R$ 1 milhão.
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O Movimento de Schoenstatt afirma que, com a mudança, pretende aumentar a participação da população nas celebrações e visitas à capela, que teve considerável diminuição desde o início da pandemia. A falta de circulação de pessoas aumentou o sentimento de insegurança das duas irmãs que viviam no local, considerado de difícil acesso, segundo as religiosas. Elas ressaltam também que o assunto vem sendo discutido internamente e em reuniões com a presença de fiéis já há vários anos.
A Prefeitura se manifestou contra a transferência, pois o documento de doação do terreno previa uso exclusivo da área para a manutenção do centro religioso, e a venda não seria permitida. O Executivo também se dispôs a aumentar a segurança do Santuário, inclusive com a possibilidade de manutenção de um posto da Guarda Municipal 24 horas no local. O objetivo das Irmãs é revender a área para construir o Santuário em um novo endereço, ainda a ser confirmado.
No Ministério Público
Um grupo de fiéis contrários à mudança levou o assunto ao Ministério Público pedindo que o Santuário permaneça na área original, em virtude de sua conexão espiritual com o espaço e de seu potencial turístico. Segundo o promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, o entendimento do MP é de que a área deve cumprir o fim específico para o qual foi doada. O objetivo do MP é mediar um entendimento entre as partes.
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