Foi instalado nesta semana um grupo de trabalho para viabilizar a criação de mais dez leitos de UTI geral no Hospital Santa Cruz (HSC). Para atingir o objetivo, será realizado um esforço conjunto entre a Secretaria Municipal de Saúde, o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e o HSC para a captação dos recursos.
Atualmente a casa de saúde conta com dez leitos de UTI nível 3 – o maior possível –, sendo oito para atendimento geral e dois para pacientes cardíacos. O custo total é de R$ 2,3 milhões e, desses, o hospital já investiu R$ 878 mil na realização de obras e compra dos equipamentos necessários.
Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o diretor-geral do HSC, Vilmar Thomé, salientou que não são dez leitos para o hospital ou para o município, mas sim para toda a região e outros locais. “O correto é dizer que são dez leitos no Hospital Santa Cruz, mas eles são acessados por pacientes de Santa Cruz, do Vale do Rio Pardo e até de outras cidades, dependendo do credenciamento que se tem. Por exemplo, para as questões cardiológicas e vasculares, nós atendemos também a região de Cachoeira do Sul”, salientou.
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Em relação ao credenciamento dos novos leitos, Thomé explicou que são necessárias três etapas básicas. “A primeira é concluir a reforma física da área, a obra; a segunda é adquirir mais alguns equipamentos que qualificam a estrutura dessa UTI; e o terceiro aspecto é burocrático, é conseguirmos a portaria do Ministério da Saúde.” O processo já está em andamento, com o aval da Secretaria Municipal de Saúde e da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS), e agora está em avaliação na Secretaria Estadual da Saúde.
Apesar do custo de R$ 2,4 milhões parecer elevado, Thomé garante que o impacto positivo compensa. “Se nós analisarmos o efeito que uma UTI com dez leitos tem para a população da região, da macrorregião e do Estado, nós vamos ver que é um investimento com alto retorno, e no curto prazo”, afirmou. Ainda segundo ele, a demanda por essas vagas é sempre elevada.
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“Nós poderíamos estar, por exemplo, realizando mais cirurgias cardíacas e na área vascular. Questões da traumatologia e da ortopedia também poderiam ser aceleradas. Muitas vezes nós só conseguimos fazer duas cirurgias cardíacas numa semana, em vez de três ou quatro, porque não tem leito de UTI disponível. Nem aqui e nem fora de Santa Cruz, e o ideal é que um paciente grave recém-operado fique no mesmo hospital onde a cirurgia foi feita.”
O Hospital Santa Cruz tem atualmente, além dos dez leitos de UTI geral, 15 vagas de tratamento intensivo exclusivas para pacientes de Covid-19. Estes leitos, no entanto, devem ser desativados à medida que melhore a situação da pandemia.
Prioridade da Prefeitura
A prefeita Helena Hermany afirmou que o Município irá avaliar a utilização de parte do superávit das contas públicas do ano passado para viabilizar estes leitos. E como será em benefício de toda a região do Vale do Rio Pardo, o Cisvale, entidade que também preside, poderá colaborar no repasse de recursos para a iniciativa. “Investir em saúde e na ampliação do atendimento médico de qualidade é cuidar das pessoas. Isso é prioridade.”
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