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ONG MOVIMENTAÇÃO

Lives debatem influência da cultura afro no Estado

ONG participou da Festa de São Sebastião Mártir, em Venâncio, durante a pesquisa

A ONG Movimentação está lançando o projeto Rede Online de Troca de Saberes e Fazeres. A ação, em conjunto com a Secretaria Estadual da Cultura, é baseada no livro Os Filhos da Terra de Rio Pardo Grande do Sul. As atividades incluem uma série de lives e o lançamento de um documentário e um livro digital.

A iniciativa foi contemplada pela Lei Aldir Blanc no Rio Grande do Sul. A coordenação é do vice-presidente da ONG Movimentação, João Carlos Agostinho Prudêncio, Mestre Griô em Comunicação Social, Direitos Humanos e Cidadania, que também é jornalista e escritor. “O projeto tem a sua proposição dentro de uma perspectiva de diversidade étnico-racial. Iniciamos o processo há mais de quatro anos com a ideia de fazer um livro contando a história específica de Rio Pardo e, durante todos os processos, a gente expandiu o projeto”, conta.

A metodologia griô, utilizada na obra, escuta histórias de pessoas de uma determinada sociedade, e com isso, cria uma narrativa para acontecimentos que vivem na memória popular. O livro e a roda de troca são focados na história de formação do Rio Grande do Sul, considerando o início a partir de Rio Pardo, cidade histórica de 211 anos. A ideia é colocar em evidência a influência da cultura afro-brasileira e indígena na criação dos municípios gaúchos. Para isso, contos que vivem a memória, como cultura viva, serão transformados em histórias escritas.

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A Rede Online de Troca de Saberes e Fazeres acontece com a participação de diferentes pesquisadores e historiadores. Serão 12 encontros com base nas cidades de Santa Cruz do Sul, Rio Pardo, General Câmara, Santa Maria, Venâncio Aires, São Lourenço do Sul, Pelotas, Rio Grande, Encruzilhada do Sul, Alvorada, Nova Hartz e Porto Alegre. “O projeto atravessa as fronteiras do Vale do Rio Pardo, o lugar onde a gente estabelecia as nossas narrativas e continuou sendo esse referencial. Foi agregando outros pesquisadores, trazendo suas narrativas de cada etnia. Não se trata de trazer apenas um olhar, trazemos a diversidade na representação dos municípios”, explica Prudêncio.

PROGRAMAÇÃO
A primeira live será disponibilizada nas redes sociais entre 10 e 15 de fevereiro. Na sequência, a cada semana haverá um vídeo à disposição, circulando para debate. Ao final destas 12 transmissões vai ser editado o documentário. A produção, assim como o livro, vem com o objetivo de destacar a contribuição das vivências negras na construção da identidade cultural do Rio Grande do Sul. O lançamento do livro em formato PDF está previsto para o fim de março deste ano. Após a prestação de contas ao governo do Estado está prevista ainda a edição do livro físico.

LEIA MAIS: ONG debate a cultura afro-brasileira na formação do Rio Grande do Sul

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