O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começou nesse domingo, 17, em todo o país. Depois que se tornou referência para o ingresso em universidades federais e também para a seleção de bolsistas do Programa Universidade Para Todos (Prouni) e seleção dos participantes do Financiamento Estudantil (Fies), o exame ficou conhecido pela dificuldade das questões apresentadas aos participantes.
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“Quanto à redação, estava com um conteúdo atual e bem dentro do esperado, mas as questões estavam difíceis”, afirma a estudante Liana Rodrigues, de 18 anos, e que realiza o exame pela terceira vez. Ela pretende concorrer a uma vaga no curso de Ciências Contábeis. A mesma visão é compartilhada pelo estudante Arthur Nunes, de 17 anos. “O conteúdo estava dentro do esperado, sabíamos que ia cair isso, mas mesmo assim a prova estava bem difícil. O que mais me surpreendeu foi o tema da redação, porque no ano passado saiu muito do que a gente esperava com a redemocratização do cinema e desta vez foi sobre doenças mentais, que é um tema que batemos muito, principalmente na pandemia”, salienta. Ele fez o Enem pela primeira vez.
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Em relação aos problemas de organização percebidos em outros blocos da Unisc, que levaram alunos até a Delegacia da Polícia Federal para registro de ocorrência, tanto Liana como Arthur afirmam que não enfrentaram nenhum tipo de dificuldade para realizar a prova. “Na minha sala eu fui o último a entrar e fecharam a porta antes mesmo de dar o horário previsto, para evitar a entrada de mais pessoas”, relata. Outros candidatos que também estavam no local afirmaram que em suas salas havia lugares vazios. “Na minha sala faltou a metade dos inscritos e não colocaram outras pessoas lá”, diz o estudante Rafael Brandt, de 18 anos.
O planejamento do Enem já havia sido motivo de discussão e polêmica em Santa Cruz do Sul ao longo da semana. A Gazeta do Sul recebeu diversos questionamentos a respeito da situação, inclusive do vereador Alberto Heck (PT).
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Na sexta-feira, a secretária municipal de Saúde, Daniela Dumke, afirmou em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9 que os protocolos encaminhados pelo Inep estavam dentro das exigências municipais e que o número excedente de candidatos nas salas seria compensado pela abstenção, que tem média histórica de 30%. Em caso de salas lotadas, haveria remanejamento para outras salas com lugares vagos, o que acabou não se concretizando.
Em nota nesse domingo, a Prefeitura afirmou que a Vigilância Sanitária atuou na fiscalização e que as questões referentes à organização são de responsabilidade do Inep.
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