Desde o início de janeiro, a Prefeitura de Santa Cruz do Sul já distribuiu mais de 225 mil litros de água, retirada de poços artesianos, às comunidades do meio rural. Dois caminhões-pipa fazem o abastecimento diário em Monte Alverne e em outras localidades do interior que estão sem água. A prefeita Helena Hermany aguarda a entrega dos relatórios das pastas do Meio Ambiente e da Agricultura para solicitar o decreto de emergência junto à Defesa Civil do Estado por causa da estiagem.
“Na última terça-feira, eu já sugeri à prefeita que se decrete emergência, por conta da necessidade nas comunidades do interior”, ressalta o secretário municipal de Agricultura, Hardi Lúcio Panke. De acordo com ele, 20 máquinas trabalham na abertura de aguadas, que são pequenos açudes utilizados para dar de beber aos animais.
LEIA TAMBÉM: Estiagem transforma o Rio Pardo em um riacho
Publicidade
Segundo Panke, a situação tende a se agravar ainda mais nos próximos três meses, devido às previsões meteorológicas, que projetam cenários com menor quantidade de chuva até o fim do verão. “Temos uma necessidade de colocar mais máquinas trabalhando, pois existem muitos pedidos para abertura de aguadas. Solicitações que estavam há mais de ano aqui na Agricultura”, complementa.
A pasta do Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade trabalha junto com a de Agricultura. Conforme o titular, Jaques Eisenberger, o Departamento de Recursos Hídricos é responsável pelo abastecimento nas comunidades do interior. “Todos os dias um caminhão leva água para Monte Alverne e outro faz outros roteiros. Desde o início do ano, já foram distribuídos mais de 225 mil litros de água”, salienta.
LEIA TAMBÉM: Mesmo com retorno da chuva, efeitos da seca castigam o interior
Publicidade
Na tarde dessa sexta-feira, 8, sob calor de 35 graus, o caminhão-pipa de Monte Alverne levou água para as centrais de distribuição da sede do distrito, uma das áreas mais castigadas com a estiagem. “Para receber a água, é preciso que o morador tenha um reservatório. O pedido deve ser feito ao Meio Ambiente, que faz o atendimento em até 48 horas”, explica Eisenberger. A água distribuída no interior é retirada de poços artesianos da Prefeitura. Para cada mil litros é cobrada uma taxa de R$ 6,68.
Além de Monte Alverne, as áreas altas de Paredão e São Martinho, ou onde o solo é mais arenoso, como Rio Pardinho, estão entre as localidades mais afetadas pela falta de chuva dos últimos meses.
LEIA TAMBÉM: Pior momento da estiagem já passou, avalia meteorologista do Inmet
Publicidade