Passado o choque inicial provocado pela pandemia do novo coronavírus, a produção industrial engatou uma sequência de meses de recuperação e já está 2,6% acima do patamar de fevereiro: 17 das 26 atividades investigadas recuperaram as perdas e operam em nível igual ou superior ao pré-crise sanitária. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os níveis mais elevados em relação ao patamar de fevereiro foram os registrados pelas atividades de impressão e reprodução de gravações (19,4%), equipamentos de informática (14,2%), minerais não metálicos (13,6%) e produtos de madeira (13,3%).
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No extremo oposto, os segmentos mais distantes do patamar de fevereiro são manutenção e reparação de máquinas e equipamentos (-8,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,3%).
Entre as categorias de uso, a produção de bens de capital está 12,2% acima do nível de fevereiro, enquanto a de bens intermediários é 2,7% superior. Os bens duráveis estão 2,7% acima do pré-pandemia, e os bens semiduráveis e não duráveis estão 1,5% além.
Atualmente, a produção industrial do País ainda opera 13,9% abaixo do ápice alcançado em maio de 2011. “Dá uma ideia do espaço que o setor industrial ainda tem que avançar para alcançar os níveis mais elevados dentro da série histórica”, observou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
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Na categoria de bens de capital, a produção chegou a novembro 27,1% abaixo do pico registrado em setembro de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operam 21,2% abaixo do ápice de junho de 2013. Os bens intermediários estão 13,8% aquém do auge de fevereiro de 2011, e os bens semiduráveis e não duráveis operam em nível 9,6% inferior ao pico de junho de 2013.
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