As perdas na agricultura serão maiores do que na safra passada caso não ocorra a normalização das chuvas ainda em janeiro na região. O alerta foi dado por produtores durante reunião em Rio Pardo, nesta quarta-feira, 6, que tratou dos prejuízos causados pela estiagem ao agronegócio e a falta de água para o consumo humano em comunidades do Vale do Rio Pardo.
O encontro ocorreu na prefeitura e contou com a presença de lideranças regionais, entre elas o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha, deputado Edson Brum; o prefeito de Rio Pardo, Edivilson Brum; o secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke, secretários municipais, sindicalistas, vereadores, produtores rurais, entre outros.
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“Pelos relatos que ouvimos ficou evidente a gravidade da situação enfrentada pelo setor agrícola, que já amarga prejuízos significativos nesta safra e ainda não havia se recuperado dos danos causados pela seca do início do ano passado”, lamentou o deputado Edson Brum.
O parlamentar criticou também a falta de uma política contínua no Rio Grande do Sul para tratar o problema de forma preventiva. “Precisamos derrubar as barreiras que impossibilitam a implantação de programas de irrigação no Estado e buscar recursos que as viabilizem. Em 2020, conseguimos R$ 55 milhões para a perfuração de poços artesianos e abertura de açudes, mas esbarramos na burocracia e até agora as obras não iniciaram em grande parte dos municípios. Isso é inaceitável”, criticou.
Marcelo Fortes, que liderou o movimento que elaborou a Carta de Pantano Grande no ano passado, falou em nome dos demais produtores. O documento com demandas e dados sobre a seca foi entregue à ministra da Agricultura, Tereza Cristina. O resultado foram as medidas econômicas aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), como a prorrogação de dívidas de custeio e investimento e a criação de linhas de crédito emergenciais para agricultores e cooperativas.
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