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TRÁFICO DE DROGAS

VÍDEO: prisão de sexta mostra que polícia também chega aos ‘patrões’, diz delegado

Foto: Rafaelly Machado

São foi levado ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul

Preso na manhã dessa sexta-feira, 4, o homem de 42 anos conhecido como São seria um dos líderes da facção criminosa Os Manos, em Santa Cruz do Sul. Além de comandar o tráfico de drogas, ele é apontado como mandante do assassinato de Celso Vieira de Oliveira, de 21 anos, ocorrido em 11 de maio.

A operação que prendeu São contou com a participação de 25 policiais. Os agentes tiveram que ser minuciosos para, inclusive, driblar câmeras de segurança instaladas na residência dele, no Bairro Santa Vitória, que monitoravam a entrada e saída de pessoas. O local, de fachada simples e murada, escondia um interior luxuoso e com quiosque. A porta precisou ser arrombada pelos agentes.


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Ao ser detido, o acusado não esboçou reação. Na hierarquia da facção os Manos, em Santa Cruz do Sul, o homem estaria abaixo apenas de Cássio Alves, preso em janeiro de 2019 na Operação Cúpula. Também já teria sido subordinado de Léo Cearense, assassinado em Vale Verde no mês de julho. Atualmente, São estaria no mesmo escalão que o homem com o apelido de Gordo, preso há dez dias durante a Operação Revanche.


Para o delegado Alessander Zucuni Garcia, titular da 2ª Delegacia de Polícia de Santa Cruz e que coordenou a operação dessa sexta, a prisão de São mostra que as forças de segurança também chegam às lideranças do crime. “Há uma ideia equivocada de que a polícia consegue apenas pegar os chamados ‘cabeças de lata’, e não os patrões. Hoje demos uma demonstração de uma investigação que chega nessas pessoas também.”

Zucuni Garcia destacou o êxito do trabalho policial que, neste caso, identificou não só os autores do crime, mas também o mandante. “Este indivíduo possui um patamar elevado dentro dessa organização criminosa e tem uma certa hierarquia. Nesse caso de homicídio, a vítima (Celso) tinha ligação com alguém que não era bem-visto dentro da comunidade por esse comandante e gerente do local”, afirmou o delegado responsável pela 2ª DP.

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Delegado Alessander: ideia de que polícia só prende os “cabeças de lata” é equivocada

A operação

A ação dessa sexta-feira iniciou por volta das 6 horas e teve envolvimento de agentes da 2ª DP, com apoio da Delegacia Regional, 1ª DP, Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e DP de Sinimbu. Além do mandado de prisão, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do acusado.

Foram recolhidos celulares e documentos que serão alvo de perícia, além de cerca de R$ 4 mil em dinheiro vivo. Os agentes também foram até uma chácara no interior do município, que seria de propriedade de São, mas não encontraram objetos ilícitos no local.

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O assassinato

O homem de 42 anos preso no Bairro Santa Vitória é apontado como mandante de um homicídio ocorrido em maio. A investigação apurou que Celso Vieira de Oliveira, de 21 anos, foi baleado por volta das 17h30 do dia 11 de maio, nas proximidades do Hospitalzinho, no Santa Vitória, e levado por dois homens até o Corredor dos Tatsch, em Rincão Del Rey, Rio Pardo, onde teve o corpo queimado. O laudo da necropsia, porém, não esclareceu de forma definitiva se a vítima estava viva no momento em que atearam fogo ao corpo dela.


Como a investigação segue em andamento, o delegado responsável pela 2ª DP, Alessander Zucuni Garcia, não dá muitos detalhes sobre as motivações do assassinato, mas confirma que a execução tem como pano de fundo o tráfico de drogas. Um outro mandado de prisão preventiva foi expedido para um homem de 27 anos, que teria executado Oliveira, mas ele não foi encontrado e está foragido.

O outro homem que teria participado da execução está identificado, mas ainda não teve a prisão preventiva decretada. “Ainda não temos elementos concretos para confirmar a participação desse terceiro elemento no crime”, afirmou Alessander.

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