Um estudo pioneiro e coordenado pelo Hospital Moinhos de Vento vai percorrer 56 municípios do Rio Grande do Sul para mapear o comportamento, as práticas e os cuidados que a população gaúcha mantém em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), por meio do Projeto Atitude.
Na região, Santa Cruz do Sul e Vale Verde farão parte do levantamento. Além de responder a questionamentos, os participantes serão testados para HIV, sífilis e hepatites B e C. O principal objetivo é identificar os motivos pelos quais o Estado aparece em primeiro lugar nos casos de HIV e outras ISTs no país. É a primeira vez que uma pesquisa desse tipo acontece no Brasil.
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Os pesquisadores iniciaram a coleta de dados na última segunda-feira, véspera do Dia Mundial de Luta Contra a Aids e ponto de partida para as ações do Dezembro Vermelho. O Projeto Atitude, com previsão de entrevistar 8,2 mil pessoas no Rio Grande do Sul, começou pelo Sul do Estado, nos municípios de Pelotas e Capão do Leão.
As equipes – compostas por entrevistadores e por um técnico de enfermagem – foram treinadas e os profissionais estão identificados com coletes e crachás com fotos. A iniciativa é desenvolvida em conjunto com o Ministério da Saúde e conta com a parceria da Secretaria Estadual da Saúde.
Mortalidade alta no RS
Dados de 2019 da Secretaria Estadual da Saúde indicam que o Rio Grande do Sul apresenta a maior taxa de mortalidade por Aids no país, com nove óbitos por 100 mil habitantes, enquanto a média nacional é de 4,8 óbitos. Já a taxa de infecção de HIV em gestantes também é a maior do Brasil, com 9,5 casos para cada mil nascidos vivos, sendo em 2,8 o indicador nacional.
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O Rio Grande do Sul tem a segunda maior taxa de detecção de sífilis adquirida no país, com 116 casos por 100 mil habitantes — o indicador nacional é de 58 — e a terceira maior incidência de sífilis congênita em menores de 1 ano, com 14,2 casos a cada mil nascidos vivos, quando a taxa brasileira é 8,6.
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