O Palacinho, sede do governo de Santa Cruz do Sul, ganhou uma iluminação diferente nesta terça-feira, 1º. O prédio histórico, na Praça da Bandeira, centro da cidade, foi iluminado de vermelho.
A medida visa chamar a atenção para o Dia Mundial de Luta contra a Aids, lembrado neste 1º de dezembro. Descoberta há mais de 30 anos, a doença sexualmente transmissível não tem cura.
920 mil vivem com HIV no País
O Ministério da Saúde apresentou nesta terça o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2020, que traz os dados de diagnósticos e infectados consolidados do ano de 2019 e um comparativo dos casos nos últimos anos no país.
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Segundo a pasta, atualmente cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil: 89% delas foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas em tratamento não transmitem o HIV por via sexual, por terem atingido carga viral indetectável. Até outubro deste ano, cerca de 642 mil pessoas estavam em tratamento com antirretroviral, enquanto, em 2018, eram 593.594 pessoas em tratamento.
As pessoas na faixa etária de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros, concentraram o maior número de casos. Nessa faixa etária, 52,4% são do sexo masculino e 48,4% são mulheres.
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Durante a apresentação dos dados, especialistas comemoraram o fato de o Brasil ter registrado queda no número de casos de infecção por aids nos últimos anos. O número passou de 21,9 casos por 100 mil habitantes, em 2012; para 17,8 casos por 100 mil habitantes em 2019, representando um decréscimo de 18,7%.
A taxa de mortalidade em decorrência da aids também apresentou queda, de 17,1%, nos últimos cinco anos. Em 2015, foram registrados 12.667 óbitos pela doença e em 2019 foram 10.565. Na avaliação do Ministério da Saúde, ações como a testagem para a doença e o início imediato do tratamento, em caso de diagnóstico positivo, são fundamentais para a redução do número de casos e óbitos por aids.
Campanha
Como tradicionalmente faz no Dia Mundial de Luta contra a Aids o ministério lançou a Campanha de Prevenção ao HIV/Aids. Neste ano, a ação incentiva a busca pelo diagnóstico e tratamento da doença, reforçando que a camisinha é a forma mais fácil e simples de se prevenir contra o HIV. Caso não tenha utilizado camisinha, é de extrema importância realizar o teste de HIV, gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS).
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Em caso de diagnóstico positivo, a orientação é iniciar o tratamento o mais rapidamente possível para evitar o adoecimento por aids. Com o tratamento adequado, o vírus HIV fica indetectável, ou seja, não pode ser transmitido.
Com informações da Agência Brasil
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