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Fumicultura

Colheita do tabaco chega a 30% no Vale do Rio Pardo

Foto: Rafaelly Machado

Em Reserva dos Kroth, José Aloísio Pick (à direita, junto com o genro Emerson May) espera compensar os prejuízos deixados por outras culturas.

Chegamos ao mês de dezembro e diversos agricultores da região estão dedicados à colheita de tabaco. A chuva do fim de semana, na casa dos 50 milímetros, já serviu para animar os produtores e dar mais viço às folhas amareladas.

Conforme a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a colheita atingiu 30% na região até o momento. No ano passado, o índice no mesmo período chegava a 35% no Vale do Rio Pardo. Já em relação à região Sul, a diferença é mínima. Na safra atual, 17% do total foi colhido, enquanto 18% havia sido colhido até o mesmo período no ano passado.

José Aloísio Pick, entre o genro Emerson May e o filho Guilherme: hora de ficar no azul, depois de perdas com outras culturas

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Aposta na safra para compensar prejuízos

Nos seis hectares plantados na propriedade de José Aloísio Pick, 54 anos, cerca de um terço do tabaco foi colhido. No ano passado, ele conseguiu uma produtividade de 10 arrobas por mil pés. Neste ano, estima que deverá ser maior. O serviço iniciado na metade de outubro se estende até o dia 15 deste mês. “Vai depender do sol. Se chover mais nos próximos dias, as folhas não perderão qualidade. O problema é se vier um calorão”, avalia Pick.

O trabalho na lavoura, em Reserva dos Kroth, interior de Santa Cruz do Sul, conta com o auxílio da esposa Claudete Maria Helfer Pick, do filho Guilherme Francisco Helfer Pick e do genro Emerson May. O tabaco é a principal aposta da família para recuperar os prejuízos. “Fiquei no vermelho com a soja no ano passado. e até agora a germinação está fraca. O milho não formou espigas e vai dar só para a silagem. Espero uma boa colheita do tabaco, ao menos um pouco melhor que no ano passado”, comenta.

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De acordo com a Afubra, foram registrados 14.599 casos de propriedades onde houve granizo nesta safra, contra 16.120 da safra 2019/2020.

Segundo o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, não há definições sobre quando deve ocorrer a primeira rodada de negociação do preço da safra. Com isso, ainda não houve contato entre as entidades e indústrias para a negociação.

Quanto ao custo de produção, a última etapa de levantamento foi encerrada ontem e os números serão computados a partir de hoje. Por isso, Werner explica que não há como fazer qualquer estimativa por enquanto.

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