Na Igreja Evangélica no Centro de Santa Cruz do Sul, o Natal já está presente na forma de decorações sustentáveis, feitas a partir de recicláveis como garrafas PET. O material produzido por voluntárias foi instalado no local na última sexta-feira, 20, e ganhou iluminação especial, chamando atenção especialmente à noite.
De acordo com uma das voluntárias, Elí Lawisch, já são sete anos atuando na confecção das decorações natalinas no município. No entanto, aos 81 anos, ela precisou reduzir o trabalho nas peças por conta da artrose. Parte do grupo que faz as decorações da Praça da Bandeira, junto ao Palacinho, todos os anos, por conta da pandemia em 2020 ela decidiu se manter afastada.
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“Não queria intervir mais, mas não podia deixar passar em branco”, conta. Com a ajuda da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (Oase) e das amigas Diane Gomes e Ingrid Kaempf, o trabalho foi retomado, mas em menor escala. O grupo trabalhou ao ar livre no pátio da igreja e sempre respeitando o distanciamento social com todos os cuidados. Além de doar tempo e trabalho, os gastos das artistas foram com fios de náilon e arames, além do material de trabalho como tesouras e alicates.
O grupo arrecadou garrafas pet que se transformaram em anjos, duas árvores de Natal e 12 guirlandas. “Tive colaboração para as armações de ferro, fiz o projeto de uma árvore mais funcional e moderna e os dois anjos. Chamei duas amigas que trabalharam no ano passado e neste ano”, relata Elí. As armações de ferro foram fornecidas pelo engenheiro Carlos Augusto Gerhard. A iluminação também foi colaboração gratuita de um eletricista.
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A aposentada atuou a vida toda com Educação Artística e acredita que seguindo o exemplo das voluntários que embelezam a igreja e a Praça da Bandeira, os moradores de Santa Cruz poderiam se unir para decorar os espaços públicos. “Cada bairro poderia fazer um grupo e enfeitar a sua praça e a sua rua.” A voluntária convida também a comunidade a admirar as peças, especialmente após o pôr do sol, quando estão especialmente iluminadas e em destaque. “À tardinha já fica brilhando. Não tem trabalho se não estiver iluminado”, disse. Também é desejo do grupo que as peças sejam preservadas, sem se tornarem alvo de vandalismo como já aconteceu no passado.
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