Reclamação antiga entre os motoristas santa-cruzenses, o preço da gasolina volta a subir e já rompe a barreira dos R$ 5, no caso da aditivada, aproximando-se do valor recorde registrado no município em outubro de 2018, quando chegou a R$ 5,14. Em maio deste ano, quando o petróleo teve forte queda no mercado internacional, o combustível na variação comum chegou a custar R$ 3,98 nas bombas para pagamentos em dinheiro ou débito e, de lá para cá, já acumula alta de 25%.
Conforme o levantamento divulgado pelo Procon de Santa Cruz do Sul na última terça-feira, 13, o menor preço para a gasolina comum era de R$ 4,65 no posto de Linha Pinheiral, enquanto o valor máximo verificado foi de R$ 4,98 em diversos estabelecimentos da zona urbana. Considerando que o tanque de combustível de um carro popular tem aproximadamente 50 litros, o valor para completar no posto com maior preço fica em R$ 249,00, enquanto no de menor preço cai a R$ 232,50 – uma diferença de R$ 16,50. Chama a atenção ainda essa variação de R$ 0,33 ocorrer em estabelecimentos da mesma rede.
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O último reajuste da gasolina ocorreu no dia 10, quando a Petrobras elevou os preços em 4% nas refinarias, sendo o terceiro aumento consecutivo desde o fim do mês passado. A estatal defende sua política de reajustes, afirmando que a variação dos preços é baseada na chamada paridade de importação, que considera os valores do petróleo no mercado internacional, o câmbio e o custo dos derivados, entre outros. Além disso, a Petrobras leva em consideração quanto seria possível ganhar exportando os seus produtos. Dessa forma, quando a gasolina está valorizada no mercado internacional, os preços também tendem a subir no Brasil, para preservar os lucros.
É necessário considerar, ainda, que a gasolina vendida no Brasil pode conter até 27% de etanol, ou seja, é mais um fator que influi diretamente no preço final ao consumidor, bem como os impostos federais e estaduais, como PIS/Pasep, Cofins, Cide e ICMS. Por fim, existe a margem de lucro do revendedor. Em nota, o Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Rio Grande do Sul (Sulpetro) informou que essa lista de fatores incide sobre o preço final ao consumidor na bomba, e que também é uma decisão do revendedor. A entidade afirmou que não interfere e nem regula preços e, por isso, não é capaz de detalhar ou prever quando haverá reajuste.
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