Todas as escolas estaduais de Santa Cruz do Sul têm alguma alteração (total ou parcial) nas atividades, em função da greve dos professores e funcionários, que acontece desde a última segunda-feira, 18, em todo o Rio Grande do Sul. Das 19 instituições instaladas no município, 12 estão paralisadas e sete têm atendimento parcial.
“Não temos nenhuma escola em atendimento normal e este é um dado muito preocupante. A gente vê que, das últimas greves, esta tem a maior adesão dos servidores dos municípios abrangentes da 6ª CRE”, comentou o responsável pela 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura, em entrevista à Rádio Gazeta.
Conforme o coordenador, o número de escolas totalmente paralisadas também é maior que o de parciais nos demais municípios pelos quais a 6ª CRE responde – são 18 cidades e 98 escolas. Destas, 36 estão totalmente paradas, 32 com atendimento parcial e 30 escolas estão atendendo normalmente.
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Segundo Moura, a 6ª CRE compreende a ação dos professores e servidores e busca o diálogo. “Preciso ressaltar que há um respeito muito grande por parte da 6ª CRE tanto pelo servidor que queira trabalhar quanto pelo servidor que quer paralisar”, disse o coordenador.
Com a adesão cada vez maior, cresce também a preocupação de pais, alunos e dos próprios professores com a recuperação das aulas perdidas. Segundo o coordenador, é de praxe que, após o fim da paralisação, as escolas elaborem calendários de recuperação, que são apresentados aos conselhos escolares e à 6ª CRE, para homologação.
“Dias parados deverão ser recuperados em sua totalidade de horas. O ano letivo tem de fechar. São 800 horas para o ensino fundamental e mil horas para o ensino médio, ambos em 200 dias letivos.” Moura ainda destacou a situação sensível de estudantes do último ano do ensino médio, que poderão ser prejudicados com o avanço das aulas no próximo ano.
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“Esperamos que as escolas tenham a sensibilidade de elaborar um calendário para que os alunos não sejam prejudicados, de uma forma ou de outra, em especial os que querem ingressar no ensino superior.” O foco, segundo Moura, é o diálogo com o Cpers e com as equipes diretivas, para que os alunos não sejam prejudicados e haja um suporte aos professores que queiram trabalhar durante a greve.
Situação em Santa Cruz
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Totalmente paralisadas:
CE Monte Alverne
EEEB Estado de Goiás
EEEF Bruno Agnes
EEEF Felippe Jacobs
EEEF Gaspar Bartholomay
EEEF Guilherme Simonis
EEEM Nossa Senhora Esperança
EEEF Professor Afonso P Rabuske
EEEF Professor José Wilke
EEEF Sagrada Família
EEEM José Mânica
EEEM Santa Cruz
Com atendimento parcial:
CE Professor Luiz Dourado
EEEF Nossa Senhora de Fátima
EEEF Petituba
EEEM Alfredo José Kliemann
EEEM Ernesto Alves de Oliveira
EEEM Nossa Senhora do Rosário
EEEM Willy Carlos Frohlich
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Motivos
Entre os principais motivos para a greve, o Cpers/Sindicato destaca os 47 meses de salários atrasados e parcelados, os cinco anos sem reposição salarial e também o descontentamento diante da reforma estrutural proposta pelo governo do Estado.
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