A seleção brasileira enfrenta o Peru nesta terça-feira, 13, às 21 horas (de Brasília), em Lima, pela segunda rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, dentro de um esquema preparado pela CBF que lembra uma “bolha”. Atenta aos riscos de contaminação do coronavírus, e seguindo o protocolo sanitário definido pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), a delegação ficará por pouco mais de 30 horas no país.
A operação inédita, além de cumprir as recomendações da Conmebol, se dá pela preocupante situação da pandemia no Peru. O país que receberá o jogo da seleção é, afinal, o que tem hoje a maior taxa de óbitos no mundo, com 1.002 casos por milhão de habitantes, segundo aponta a organização Worldometers, que compila estatísticas de órgãos oficiais sobre o coronavírus.
LEIA MAIS: Seleção brasileira encerra preparação e Thiago Silva será capitão contra o Peru
Publicidade
“Nos foi orientado pela coordenação da CBF, de seus médicos, a condução dessa forma. Seguimos o que o protocolo médico quer com o máximo rigor possível. Sei que não tem segurança total, mas se for humanamente possível, nós vamos fazer”, afirmou Tite. Assim, o técnico viu a preparação da equipe para o 50º jogo sob seu comando ficar em segundo plano; a prioridade é evitar ao máximo qualquer possibilidade de contrair a virose.
Para o confronto em Lima, a seleção realizou toda a sua preparação no CT do Corinthians, tendo embarcado ao Peru às 17 horas de ontem, em um voo fretado, apenas 28 horas antes do apito inicial. Assim, não fez o tradicional treino de reconhecimento do gramado dos jogos – nesse caso, do Estádio Nacional – ou concedeu entrevista coletiva no local.
As preocupações da seleção em Lima não estão restritas ao extracampo. Afinal, após uma fácil vitória de 5 a 0 sobre a Bolívia na última sexta-feira, em São Paulo, a seleção terá o seu primeiro “verdadeiro” teste no certame. O Peru foi o último adversário a superar o Brasil, em amistoso disputado em setembro, juntando-se a uma seleta lista que só contava, até então, com Argentina e Bélgica.
Publicidade
Peru não tem os principais jogadores
A seleção peruana não tem sua maior estrela: o centroavante Paolo Guerrero, do Internacional, que rompeu os ligamentos do joelho direito e só retorna aos gramados em 2021. O meia Cueva, ex-Santos e São Paulo, também sofreu uma lesão na estreia das Eliminatórias e será desfalque. Mas os dois gols marcados por Carrillo no empate por 2 a 2 com o Paraguai, na rodada inaugural, dão esperança para algo inédito ao time: derrotar o Brasil nas Eliminatórias. Até o momento, são sete derrotas e quatro empates.
LEIA MAIS: Brasil goleia no primeiro passo até a Copa do Mundo
Publicidade