Maior ídolo da história recente do Internacional, o meia argentino D’Alessandro, 38 anos, garantiu nessa quarta-feira, 20, que não vai pendurar as chuteiras no ano que vem. Porém, ele deixou em aberto o futuro no clube, onde chegou em julho de 2008. “Posso afirmar que continuarei jogando, continuo com fome, vontade, o dia a dia me dá satisfação. Conversar com meus colegas, treinar, isso é o que me dá mais forças. Não imagino hoje um dia sem acordar cedo e praticar. Me dá uma tristeza pensar que algum dia possa acontecer. A ideia é continuar trabalhando meu corpo. O que vai fazer eu parar um dia é o mental. Aí tomarei uma decisão”, afirmou o camisa 10.

Com contrato até 31 de dezembro, D’Alessandro disse que outras portas poderão ser abertas. Admitiu que existem propostas, mas a identificação com o Colorado pode pesar na sua escolha. “Ter ficado 11 anos não é uma coisa normal e comum. Falo isso com muito orgulho, por ter me sustentado com trabalho, dedicação. Muitas vezes sou comparado com Rogério Ceni, que é uma fera. É muito difícil encontrar jogadores que se identifiquem tanto”, comentou o meia, entendendo que ainda tem condições de contribuir para o Inter.

A conquista do Brasileirão, que não vem há 40 anos, é considerada um desafio para o argentino, caso fique em Porto Alegre. “Estamos buscando o Brasileirão há muito tempo, temos uma dívida muito grande com o torcedor e a história do clube. Também perdi duas Copas do Brasil, queria ter ganho. Minha história seria muito melhor e eu seria muito mais feliz, mas faz parte”, ponderou.

O jogador disse ainda que não dá palpites sobre contratações e sua permanência não estaria condicionada somente à busca de novos reforços para a próxima temporada. “É óbvio que, quando acaba o ano, tu tira conclusões do que fez bem, do que deixou de fazer. Isso eles (diretoria) vão fazer. Um campeonato termina, e o planejamento do ano que vem já tem que estar na cabeça. Todos vão qualificar, e nós também vamos”, comentou D’Alessandro.

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