Com a pandemia do novo coronavírus e o aumento do tempo das pessoas em casa, como era de se esperar, a produção de lixo doméstico aumentou. No entanto, com a redução das atividades nas empresas, o total de resíduos descartados em Santa Cruz se manteve estável.
De março a agosto, a média mensal registrada foi de 2,4 mil toneladas, semelhante ao percebido no mesmo período de 2019. Os dados foram repassados pela Empresa Conesul, que presta serviço de recolhimento dos resíduos na cidade. Apenas em abril, período em que o comércio esteve fechado, observou-se queda de 11,25% na quantidade de materiais coletados.
O gerente operacional da Conesul, Ricardo Muradás, explica que os restaurantes e empresas produziram menos resíduos nos últimos meses, mas, em contrapartida, o volume de lixo gerado nas residências quase dobrou. “No final, o resultado não alterou muito porque a quantidade de lixo na área central que recolhemos nos contêineres reduziu, enquanto que nos bairros, com mais pessoas em casa por mais tempo, o volume aumentou.”
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Na Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat), a pandemia produziu um resultado inverso. Houve redução de mais de 30% na quantidade de material recolhido. A média mensal, que antes era de 60 toneladas, passou para 40.
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Além da falta de resíduos de qualidade, o risco de contágio restringiu o número de profissionais no serviço e, consequentemente, provocou redução do cronograma de coletas nos bairros, que antes eram realizadas duas vezes por semana e atualmente são feitas apenas uma vez.
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A engenheira ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gabriela Ottmann, observa que, embora estudos apontem que a quantidade diária de resíduos sólidos urbanos gerados atualmente é bem superior, em comparação ao projetado no início da década para os municípios gaúchos, a geração de resíduos no período no município é considerada normal, visto o aumento da população. “De acordo com dados do IBGE, em 2010 tínhamos 118.374 habitantes em Santa Cruz e em 2019, passou para 130.416 habitantes. A projeção para 2019 era de aproximadamente 2.534 toneladas ao mês, o que justifica que a média estabelecida de 2.600 toneladas para 2020 está dentro da normalidade, comparando com o crescimento populacional e a geração encontrada durante este ano”, afirma.
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Dia Mundial da Limpeza
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Neste sábado, 19, quando se comemora o dia Mundial da Limpeza, uma ação será realizada em diversas cidades do País, inclusive em Santa Cruz do Sul. O movimento denominado Dia da Faxina, que costuma movimentar anualmente milhares de pessoas para limpar ruas, praças, praias e parques, este ano, devido às restrições da pandemia, será realizado em um novo formato: cada um no seu quadrado. A orientação é que cada um faça uma limpeza nos armários de casa, gavetas e depósitos.
Os materiais recicláveis, como lixo eletrônico e óleo saturado, podem ser levados ao Ponto de Entrega Voluntária (PEV) da Coomcat, localizado na Rua Venâncio Aires, 1.415, no Centro, entre as 8 horas e o meio-dia deste sábado. As roupas também poderão ser entregues no mesmo local e, posteriormente, serão encaminhadas para a Secretaria Municipal de Políticas Públicas.
A ação antecede a segunda edição da Semana Lixo Zero no município, que acontece entre 23 de outubro e 1º de novembro. Empresas interessadas em participar com ações internas podem entrar em contato pelo e-mail [email protected]. Na primeira edição, que ocorreu no ano passado, foram mais de 7,2 mil pessoas envolvidas que coletaram 3,5 toneladas de resíduos destinados corretamente.
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