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Retorno com segurança

Confira as regras para a volta do transporte escolar em Santa Cruz

Foto: Rafaelly Machado

Cartilha com as medidas de segurança que devem ser adotadas foram entregues aos transportadores

Com as atividades presenciais nas salas de aula sendo retomadas, inicialmente pelos alunos da Educação Infantil, o transporte dos estudantes também precisa voltar a funcionar. Com possibilidade de operar com metade da capacidade de transporte, condutores e monitores do serviço receberam instruções na manhã dessa quinta-feira, 17. A higienização constante é a regra principal para o serviço que, gradualmente, retorna às atividades cotidianas.

A secretária municipal de Educação, Juliana Bach, ressalta que a partir de agora – mantendo-se a classificação de risco de contágio com o novo coronavírus entre as bandeiras laranja e amarela –, a volta gradual dos alunos às salas de aula será constante. Segundo ela, para garantir este retorno e também serviços como o transporte escolar é dever de todos continuar atentos aos protocolos de segurança e às medidas sanitárias em vigor. “Este é o primeiro passo para darmos início à atividade, permitindo que estes profissionais também voltem a atuar”, comenta. Juliana explica que, assim como as escolas, o teto de ocupação dos veículos de transporte escolar é de 50% da capacidade. “Além disso, a higienização constante das mãos e dos veículos e o uso de máscaras fazem parte do conjunto de ações necessárias agora.”

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O serviço, assim como as aulas presenciais nas escolas, só pode operar em classificação de risco de contaminação de baixo a médio, nas bandeiras amarela e laranja. “Não existe cogestão com o transporte escolar. Se o Estado decretar a bandeira vermelha, por exemplo, todas as atividades são suspensas. Teremos que estar atentos sempre às classificações”, recomenda.

A volta às aulas presenciais começou pela educação privada. Desde a última quarta-feira, 16, alunos da Educação Infantil e da Pré-Escola retornaram às instituições. Na próxima segunda-feira, 21, será a vez dos alunos do Ensino Médio da rede privada. “As nossas escolas municipais retornarão apenas entre o fim de outubro e o início de novembro, começando pelos anos finais do Ensino Fundamental e passando às séries iniciais”, antecipa.

Cada transportador recebeu na manhã dessa quinta uma cartilha elaborada com as principais medidas de segurança que precisam ser adotadas. O material também está disponível no site da Prefeitura de Santa Cruz, na aba “volta às aulas”.

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Modelo inspirado na Saúde

A enfermeira Luciana Weiss Kist, da Secretaria Municipal de Saúde, mostrou que as medidas que foram adotadas para o retorno do transporte são inspiradas na atividade da pasta. Luciana diz que durante a pandemia, para proteger os funcionários da Saúde, criaram-se regras para transportar pacientes em suspeita ou com contaminação com a Covid-19 confirmada. “No escolar não serão levadas crianças doentes ou com sintomas, mas todos passarão pelo mesmo protocolo de cuidados”, reforçou.

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Luciana frisou que tanto passageiros quanto condutores e monitores do transporte escolar não podem circular com sintomas de doença respiratória. “E além disso, a orientação é cuidar da higiene. Fazer com que as crianças usem o álcool em gel ao entrar no veículo, por exemplo. Se mantivermos estes cuidados, estaremos fazendo a nossa parte para evitar a disseminação da doença”, complementou a enfermeira.

Seis medidas

1. É obrigatório o uso de máscara dentro do veículo. Crianças a partir dos 2 anos de idade devem estar de máscara.

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2. O álcool em gel deve estar dentro do veículo e o ingresso de estudantes só é permitido após a higienização completa das mãos com o produto.

3. Apenas 50% dos assentos dos veículos podem ser utilizados. Assentos contínuos só podem ser usados por cohabitantes – no caso, irmãos que vão para a escola juntos.

4. É obrigatória a limpeza do veículo sempre após uma viagem. O condutor precisa utilizar uma flanela umedecida em álcool 70. Pode ser usado também um borrifador para aplicação do produto, mas em todos os locais nos quais é possível empregar o pano umedecido, é necessária a aplicação, após cada viagem.

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5. O uso de ar-condicionado no veículo deve ser evitado. A orientação é para que as janelas fiquem abertas durante a viagem, aumentando a circulação de ar dentro do transporte.

6. Informações sanitárias e sobre higienização precisam ser expostas em local visível, dentro do veículo. No site da Prefeitura há vários modelos de cartazes que podem ser impressos e utilizados pelos transportadores.

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Sem faturamento desde março

O presidente da Associação Santa-cruzense de Transporte Escolar (Assate), Márcio Alberto Frantz, conta que desde o dia 18 de março – quando foram suspensas as aulas – ele e os colegas não faturaram nada. Na conta dele, são seis meses sem trabalho diário no transporte de estudantes. Atualmente, 44 empresas prestam este serviço em Santa Cruz do Sul, das quais 23 são associadas à entidade.

Márcio Frantz: flexibilização ajuda o transporte

“Alguns conseguiram encaminhar o auxílio do governo, outros seguem totalmente parados, com um pequeno apoio dos pais, que mantiveram o pagamento das mensalidades”, informa Frantz. Para o transportador, ações feitas pela Prefeitura de Santa Cruz, como a desburocratização de processos e a redução no número de exigências com o serviço, também estão auxiliando a categoria. “A grande dificuldade será a operação com apenas 50% da capacidade. É certo que teremos mais segurança, mas será difícil manter o serviço assim.”

Frantz argumenta que uma alternativa para melhorar o transporte neste período de restrição é fazer com que a chegada dos estudantes às escolas seja escalonada. “Se conseguirmos antecipar as turmas e fazer o transporte de grupos, sempre com 20 minutos de diferença, já será uma grande ajuda aos transportadores”, diz o presidente da associação.

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