Com o objetivo de reduzir a espera dos santa-cruzenses pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) via 192 e agilizar a prestação do serviço de urgência à população, a Prefeitura de Santa Cruz do Sul oficializou na tarde dessa segunda-feira, 18, a adesão a um novo convênio junto à Secretaria Estadual da Saúde. Nele ficou estabelecido que o Município passará a gerir uma Central de Regulação Compartilhada do Samu. Com o novo formato de atendimento, a chamada de um usuário entrará em uma fila de espera para regulação de um médico de Santa Cruz, que irá direcionar uma equipe e o envio das ambulâncias locais. Pelo sistema atual, a ligação cai em uma central em Porto Alegre, que faz o cadastro do usuário com informações pertinentes ao atendimento. A partir de então, a chamada entra em uma fila de espera para regulação de um médico da capital.
O documento foi assinado pelo prefeito Telmo Kirst e pela secretária estadual Arita Bergmann, em cerimônia na base do Samu, na Secretaria Municipal de Saúde. Participaram autoridades estaduais e municipais, servidores e comunidade em geral. Durante o evento, o coordenador médico do Samu no Estado, Jimmy Herrera, fez uma simulação de como funcionará o atendimento a partir da instalação da regulação compartilhada. “Leva em torno de três segundos até a equipe sair para atendimento”, comenta. Já a secretária Arita destacou a importância da regulação compartilhada para qualificar o serviço. “Santa Cruz terá mais rapidez porque a equipe local conhece a cidade e a área rural. A gestão municipal demonstra que quer agilidade, segurança e atendimento pontual nos chamados do Samu”, disse.
Aplicativo
O serviço da Central Compartilhada do Samu, que tem previsão de começar até o fim do ano, funcionará de segunda a sexta-feira, das 8 horas às 18 horas. O atendimento poderá ser acionado pelo número 192 ou pelo aplicativo Chamar 192 – SAMU, lançado neste mês pelo governo do Estado e disponível para Android, no Google Play. Apenas as chamadas de Santa Cruz serão reguladas na central compartilhada local. As de outros municípios da região – que, eventualmente, são atendidos pelas mesmas ambulâncias – continuarão ocorrendo em Porto Alegre. O investimento anual do Município é de R$ 36 mil (R$ 3 mil por mês). O valor inclui locação do software e treinamento e fornecimento de microcomputador, dois monitores, nobreak e acesso de link para a internet.
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A equipe que irá atuar pelo Samu remoto é composta por oito médicos, seis enfermeiros, nove condutores e oito técnicos em enfermagem – os mesmos profissionais que hoje trabalham na base do município. A partir da implantação da central, que deve estar pronta até o início de dezembro, os médicos receberão treinamento para iniciar as operações. A empresa responsável pela instalação será a NGS Suporte em Informática LTDA. Para o prefeito Telmo Kirst, a implantação do serviço remoto em Santa Cruz é mais um grande passo para melhorar o atendimento à população. “Muitas vezes, o paciente não pode esperar. Quem precisa de atendimento não tem tempo para burocracia. O que estamos fazendo aqui é criando uma alternativa para agilizar o serviço no município. Saúde é uma prioridade do nosso governo e, por isso, investimos mais de 20% do orçamento nessa área.”
O Samu registra uma média de 350 atendimentos por mês só em Santa Cruz, o que significa em torno de 12 pacientes por dia. Também são realizados aproximadamente 25 transportes mensais, oriundos de Santa Cruz ou cidades vizinhas que integram a 13a Coordenadoria Regional de Saúde, para hospitais no Estado. A base local conta com duas ambulâncias, uma motolância e duas ambulâncias reservas. A Secretaria Municipal de Saúde deve encaminhar o pedido de mais um veículo de Suporte Básico para o serviço. Para cobrir os custos mensais, o Samu local recebe R$ 58.625,00 da União, R$ 103.732,00 do Estado e R$ 128.383,00 da Prefeitura.
O secretário municipal de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, explica que o modelo do Samu compartilhado é um projeto-piloto do governo do Estado, com duração de um ano. “Apenas Bento Gonçalves, Santa Maria e Santa Cruz assinaram o convênio por enquanto. Como a regionalização teria um valor muito elevado para o Município, essa foi a ferramenta que encontramos para evitar longas esperas por atendimento.” Também será possível que as equipes de Santa Cruz incluam chamados no sistema, o que hoje não é permitido.
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