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Enquete

96% apoiam abertura de lojas em horário diferenciado

Uma enquete feita pelo Portal Gaz nas redes sociais mostra que 96% das pessoas que responderam a pesquisa são favoráveis à abertura do comércio santa-cruzense em horário diferenciado. Foram 12,4 mil votos em 24 horas, sendo 11.853 a favor e 547 contra.

O questionamento surgiu depois da polêmica envolvendo a instalação em Santa Cruz do Sul de uma loja da Havan. O município está no plano de expansão da rede, mas falta uma negociação com o Sindicato dos Comerciários para que a loja, assim como todas as demais da rede, possa funcionar aos domingos e feriados. A reunião vai acontecer na quinta-feira, 31, na sede do sindicato.

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OPINIÃO DA GAZETA

É hora de avançar

A provável abertura de uma filial da rede de lojas Havan em Santa Cruz do Sul trouxe ao debate um assunto que não é novo: o horário de funcionamento do comércio na cidade. O sindicato que representa os comerciários diz que não é contra empreendimentos com rotinas diferenciadas, mas levanta uma série de obstáculos alegando agir em defesa dos trabalhadores. É compreensível, mas passível de discussão. E é importante que a cidade assim o faça, independente da decisão que for tomada no final.

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É fato que a abertura do comércio aos domingos e feriados, como faz a Havan em mais de uma centena de municípios brasileiros, requer um entendimento entre empregador e empregado, visando a garantia de direitos como um dia de descanso na semana, independente de ser ou não no domingo. Mas é fato também que a sociedade está passando por ampla transformação e no comércio varejista não é diferente. Se há duas décadas não fazia sentido algum uma loja ou supermercado abrir as portas em uma tarde de domingo ou feriado, por exemplo, hoje é diferente.

A região cresceu, prosperou, e o consumidor adquiriu novos hábitos. O que é melhor: manter a rotina de sempre e empurrar o consumidor para as compras online, que não geram emprego e renda na cidade, ou rever alguns hábitos e estar aberto a mudanças, garantindo assim mais vagas de trabalho, geração de impostos e a manutenção de um vínculo importante com o público local e regional? 

O que está em pauta – e precisa ser resolvido – não é a vinda ou não da Havan. É a adoção de uma postura mais dinâmica, em sintonia com os novos tempos, que permita que outros lojistas façam ações diferenciadas para seus públicos. A abertura do comércio no domingo que antecede o Natal foi sucesso no mês passado e pode – por que não? – servir de modelo para alguma ação pontual ao longo do ano.

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Está claro que o público quer mudanças. O Gaz fez uma enquete ontem na internet sobre o assunto. Em quatro horas foram nada menos que 7 mil interações, e 96% de quem participou disse que apoia a abertura do comércio em horários e dias alternativos, aos moldes do que é proposto pela Havan. O debate está aí, à espera de uma decisão.

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