A Associação Comercial e Industrial de Santa Cruz do Sul (ACI), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Sindilojas desenvolvem uma pesquisa para realizar um diagnóstico das atividades econômicas em Santa Cruz, considerando os meses de março, abril e maio, principalmente após notícias sobre o coronavírus. Os questionamentos já foram respondidos por cerca de 90 empreendedores e destes, em torno de 80% admitiram que há previsão de demissões.
A notícia foi dada pelo presidente da ACI, Gabriel Borba, em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quarta-feira, 1º. “É com sinceridade e tristeza que trago estes dados. É uma pesquisa unificada e aberta para qualquer empreendedor que quiser responder. Os empresários preferem demitir alguns do que ter que demitir todos ali na frente ou não conseguir pagar porque a empresa quebrou.”
A pesquisa começou a ser respondida nesta semana e, na maioria dos casos, o empreendedor deu férias aos funcionários, total ou parcial, ou tem alguns trabalhando em home office. “Mas tem um limite pra esse período de férias. A questão é que não se tem receita e fluxo de caixa. Será um impacto catastrófico, com uma série de demissões. Não se tem o que receber ou se tem pouco que não vai ser possível para pagar as contas. É um processo cíclico do mal.”
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Ele admite que ainda não é possível perceber o tamanho do impacto. “O que temos hoje é uma tendência de demissão em cima de demissão, como já ocorreu com os safristas. Aguardamos desesperadamente uma atitude do governo federal que tem capacidade para auxiliar com recursos. A maioria das pessoas acha que o empresário não sofre, mas sofre sim por não saber o que fazer, o que fazer com os empregados. Esperamos da União linhas emergenciais com créditos para as folhas de pagamento em que será possível manter empregos. Assim retomaremos ali na frente, depois que passar esse meteoro.”
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Colapso socioeconômico e na saúde
Borba admite que vivemos um ‘cenário horrível’ tanto no aspecto da saúde quanto socioeconômico. “É um momento único, que nunca ocorreu. É difícil achar um equilíbrio entre estas duas áreas. Confiamos nos agentes públicos, até porque a responsabilidade é deles, e esperamos que estejam tomando as melhores decisões, mas o colapso econômico é iminente, aliás, já está ocorrendo.”
Para ele, ações de solidariedade vão ajudar a manter a sociedade de pé no futuro. “Todos estão com receio das dificuldades e os empresários querem preservar vidas. Vai ser um impacto forte em que teremos que conseguir sobreviver.”
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Confira a entrevista completa:
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