Muitas datas comemorativas acabam ficando no esquecimento, mesmo tendo tido grande valor histórico. Não é o caso do 7 de setembro. O grito de Dom Pedro I, à margem do Riacho Ipiranga, ficou registrado como marco da independência do Brasil.

O entendimento da relevância desse ato tem eco nas ruas de Santa Cruz do Sul. Morador de Cerro Alegre Baixo, Jurandir dos Santos, de 60 anos, acredita que o momento é de dificuldade. “É uma data importante e precisamos que o país pegue um rumo certo, pois está bastante difícil. Um pedaço de carne de gado está muito caro”, exemplifica.
As irmãs Stephanie Sortica, 20 anos, e Camila Guidolin, 25 anos, e a cunhada Thays de Oliveira, 25 anos, corroboram com Santos e destacam o rompimento da dependência do poder português. “O país parou de ser colônia, deixou de depender de Portugal”, enfatiza Stephanie.

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O casal Andrielli Moraes, 30 anos, e Valder Nunes, 33 anos, que admite que não gostava de História quando estava na escola, ressalta o quanto significa para o país a independência. “O Brasil se tornou livre”, resumem os moradores da Vila Schulz.

Um jovem de 24 anos, que prefere não se identificar, defendeu o peso histórico da data. Apenas uma pessoa disse não recordar do que motiva o feriado de 7 de setembro. Homem, de 30 anos, ele visitava Santa Cruz do Sul.

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Encerramento

Nesta terça ocorre o encerramento das atividades da Semana da Pátria, em Santa Cruz do Sul, com cerimônia às 16h30 na Praça da Bandeira, com a extinção do fogo simbólico. Nesta edição, o nacional é o Hino Brasileiro, o regional a Força Expedicionária Brasileira e a Participação dos Gaúchos na 2ª Guerra Mundial. O municipal é Profissionais da Saúde e da Educação: Heróis Brasileiros, Exemplos de Luta e Superação, e o homenageado é o médico infectologista e professor universitário Marcelo Carneiro, por sua relevante atuação durante a pandemia de Covid-19.

DIA SERÁ DE MANIFESTAÇÕES

O simbolismo, que justifica a comemoração do dia 7 de setembro – a independência do Brasil – estará nas ruas, estampado em cartazes e palavras de ordem. Apoiadores e contrários ao governo do presidente Jair Bolsonaro marcaram manifestações em dois pontos de Santa Cruz do Sul.

As demonstrações da opinião pública começarão pela manhã. Por volta das 9 horas, na praça do Bairro Santa Vitória, a concentração será dos críticos à gestão federal. De acordo com o integrante da comissão organizadora, Frederico de Barros, desde a última semana foram feitas reuniões para tratar sobre o assunto, ampliando o grupo pelas plataformas digitais, com a participação de setores dos movimentos sociais, sindicatos, partidos, juventude, mulheres, com o objetivo de levar o maior número de pessoas.

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“Hoje, mais do que nunca, estamos em um processo de Brasil colônia. Portanto, a luta dos excluídos se dá para mostrar que ainda há pobreza, fome e miséria. Ao invés de comemorar uma data simbólica, nós propomos refletir sobre ela”, destaca. Aos participantes é orientado que usem máscara, evitem aglomeração e utilizem álcool em gel. “Nossas pautas estarão em cartazes, nas roupas que usamos e nas cores que também adotamos”, afirma.

Barros diz que o intento é retomar diálogo e construção com a comunidade. “Estamos convidando a população, dialogando com todos que não se sentem representados por esse governo.” Em caso de chuva, o evento, concomitante ao 27º Grito dos Excluídos e das Excluídas, será na Paróquia Conceição.

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Pró-governo e contra a “ditadura da toga”

Na Praça da Bandeira, e com as cores do pavilhão nacional, estarão, a partir das 15 horas, os apoiadores do governo federal. Uma equipe fez a divulgação do ato pela cidade com cartazes afixados em postes (e que serão retirados, posteriormente) e produziu material que será apresentado durante a manifestação.

Um dos organizadores, Abel Trindade, adianta que essa é uma demonstração pró-governo, mas que também preza pela defesa da liberdade e pelo fim do que ficou conhecido como “ditadura da toga”, devido às decisões proferidas, em especial, pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A chuva não deve impedir a manifestação. “Com ou sem chuva, estaremos lá. O que pode é resultar em um público menor”, acredita. Os apoiadores do presidente reforçam que os cuidados do dia a dia devem ser mantidos, como o uso de máscara e álcool em gel.

Nessa segunda, 6, um ônibus com santa-cruzenses partiu para o ato que será realizado na Avenida Paulista, em São Paulo. Nessa terça, por volta das 9h30, quatro ônibus sairão para Porto Alegre. Cerca de 160 pessoas de Santa Cruz do Sul estarão na Avenida Goethe, na Capital, onde se concentrará o ato de apoio ao governo e contra decisões de ministros do STF.

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