Conforme os dados do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM), janeiro de 2020 superou o mesmo mês do ano anterior em número de acidentes nas principais vias urbanas de Santa Cruz do Sul. Segundo relatório da Brigada Militar, encomendado pela Gazeta do Sul, nos primeiros 31 dias de 2020 ocorreram 66 acidentes na cidade, enquanto em 2019 haviam sido registrados 41. Os indicadores também alertam para o risco dos acidentes com motos, que representam 42% do total neste ano e que, geralmente, resultam em feridos.
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Sobre os casos de janeiro, a BM detalhou que 37 colisões resultaram em lesões corporais culposas (sem intenção), 28 tiveram apenas danos materiais e um motorista se autolesionou (acidentou-se sozinho). Nenhum acidente com morte foi registrado em Santa Cruz em janeiro.
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Ao analisar as estatísticas de 2019, o tenente-coronel Giovani Paim Moresco, comandante do 23º BPM, observou que a Brigada atendeu 818 acidentes de trânsito na cidade. Destes, 392 resultaram em lesões corporais culposas, 407 tiveram somente danos materiais, 13 motoristas se autolesionaram e seis colisões resultaram em mortes de trânsito no perímetro urbano de Santa Cruz.
O comandante detalhou que as segundas e sextas-feiras foram os dias da semana em que ocorreram mais acidentes, 128 e 150 casos, respectivamente. Ao traçar um comparativo entre janeiro de 2019 e 2020, Moresco também identificou que os registros têm crescido em mais dias da semana. “Verifica-se uma oscilação entre as quartas, quintas e sextas-feiras.”
Em outro dado apresentado pelo tenente-coronel, percebe-se que 69% dos acidentes em janeiro deste ano aconteceram em horários de pico, entre as 7 horas e as 18h59. Em janeiro de 2019, dos 41 registros, 28 ocorreram nesse mesmo espaço de tempo – os mesmos 69%. “Isso se deve ao fato de que durante a manhã e a tarde ocorre o maior fluxo de veículos e pedestres nas vias da cidade, tendo em vista os horários de funcionamento dos educandários e do comércio de forma geral”, ressaltou.
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O comandante do 23º BPM ainda sublinhou outra informação preocupante nesses índices: o envolvimento de motocicletas. Em 2019, esse tipo de veículo esteve envolvido em 37,65% dos acidentes, enquanto neste ano o percentual aumentou: corresponde a 42,42% dos registros, ou seja, 28 casos.
Moresco também elencou os fatores que considera os principais causadores de acidentes de trânsito: “A imprudência, o não respeito às sinalizações de trânsito, a desatenção dos condutores e a utilização do aparelho celular têm muita relação com esses índices”. Outros pontos citados são a frota elevada no município – mais de 91 mil veículos –, além dos casos de motoristas que não estão habituados ou desconhecem as ruas de Santa Cruz do Sul.
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Prefeitura elenca melhorias
Para reduzir os índices de acidentes de trânsito em Santa Cruz, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana, aposta em um estudo do tráfego e mobilidade e na atuação de 18 fiscais. Conforme o governo municipal, mediante licitação do Programa Pró-Cidades, uma empresa foi contratada para realizar um levantamento que indicou pontos críticos. A partir disso, a Prefeitura executou uma série de obras em locais de alta acidentabilidade.
Os pontos que receberam atenção nos últimos anos foram o trevo do Bairro Bom Jesus (BR-471 com a Avenida Gaspar Bartholomay), o trevo da Philip Morris (na BR-471, no Distrito Industrial), o cruzamento das ruas Gaspar Silveira Martins e Juca Werlang, o antes perigosíssimo cruzamento da BR-471 com a Rua 28 de Setembro, o trevo da Melvin Jones com a RSC-287 e o de acesso a Rio Pardinho, que recebeu sinaleiras. Além disso, houve a implantação de mão única nas ruas Ernesto Alves, Júlio de Castilhos, 28 de Setembro, Assis Brasil e em um trecho da Avenida Paul Harris.
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A Prefeitura de Santa Cruz também aposta na educação, ao promover atividades lúdicas em eventos e palestras sobre o tema em escolas.
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