O feriado de 7 de setembro foi uma boa oportunidade para que famílias e demais visitantes prestigiassem o último dia da 33ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul. Nesta quarta-feira, a Praça Getúlio Vargas ficou lotada com a presença da comunidade, que aproveitou o dia de folga para passear pelo Centro e, consequentemente, visitar o evento literário. Considerada um sucesso, a 33ª edição terminou contabilizando um público estimado em 32 mil pessoas nos sete dias de evento. Além disso, foram comercializados 27 mil exemplares no total.
Conforme a agente de Cultura do Sesc e integrante da comissão organizadora, Lisiane Camargo, o lançamento mais vendido da feira foi “Stupidman”, do autor local Mauro Ulrich. O segundo título mais vendido foi o “Revolução Farroupilha – 1835 a 1845”, de Luiz Alfredo Borges. O terceiro foi “Amor e Azeitonas”, de Jenny Evans Welch.
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Ulrich destacou que os livros anteriores sempre foram bem vendidos, mas o fato de ter um livro de poesias como o mais comercializado em uma feira foi uma grata surpresa. “Me parece um feito inédito até em nível de estado, eu nunca tive notícia de que um livro de poemas fosse o mais vendido em uma feira do livro. Estou muito feliz.”
“Stupidman” é o terceiro livro de poemas de Ulrich e fecha uma trilogia. “Com Stupidman eu encerro essa trilogia com os títulos em inglês. Sou um poeta de fácil compreensão, não escrevo nada só para mim, escrevo com a preocupação maior de me fazer entender. Meu verso está aliado ao humor, procuro ser um cara engraçado, até na vida, sempre levo a vida com muita graça e improviso”, acrescentou o autor.
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Atração cultural movimentou a tarde
A 33ª edição da feira teve encerramento às 19 horas desta quarta. Antes, diversas atrações culturais reuniram o público na frente do palco. Uma delas foi a apresentação do “Vamos cantar histórias?”, com a escritora Valquíria Ayres Garcia e o músico Renato Sperb. Conforme Valquíria, o projeto é baseado no livro com o mesmo título, que é composto por cinco histórias curtas. “Deu o acaso muito interessante que reunimos o Renato, o Vinícius Corrêa, e saíram histórias cantadas.”
Renato salientou que recebeu muito bem o convite. “Como tenho experiência em fazer trilha para teatro, eu achei muito interessante. E os textos da Val são muito bacanas. Eu lia e já vinham as músicas na cabeça. Acredito que o resultado ficou muito legal”, contou o músico.
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O projeto teve início alguns meses antes da pandemia, e, por isso, precisou ficar um pouco parado durante mais de dois anos. Agora, de volta aos eventos, a expectativa é de repetir as apresentações mais vezes. “A Feira do Livro é tudo de bom, os encontros, rever pessoas, alunos, é encantador”, finalizou Valquiria.
Personalidade incentivadora da leitura da 33ª Feira do Livro
Quem também esteve presente na Feira do Livro na tarde desta quarta-feira, foi a professora Marcia Susana Simon, que nesta 33ª edição foi homenageada como a personalidade incentivadora da leitura. Ela contou que ficou emocionada quando soube da notícia. “Eu comecei a chorar na hora e fiquei muito feliz”, relembrou.
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Durante a trajetória dela no ensino público municipal de Santa Cruz do Sul, Marcia sempre levou livros para a sala de aula, como professora e diretora de escola. “Eu sempre incentivava a ida às feiras do livro, bem como a feira ir à escola. Mas como? Quando, por exemplo, o Charles Kiefer veio para Santa Cruz e a Escola São Canísio o homenageou. Fizemos todo um trabalho de leitura do livro dele e preparamos os alunos para recebê-lo na escola. E teve outros vários autores que entrevistamos.”
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