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25 de julho: memórias preservadas para compreender o presente

“Esquecer nossas memórias históricas, locais, regionais, nacionais e principalmente mundiais é um desperdício de uma oportunidade histórica. Lembrar nossos passados para entender o presente é uma forma de fortalecer nossa existência e assegurar viver juntos no respeito a nossa diversidade humana, como um valor a ser preservado.” É dessa forma que o professor e pesquisador Jorge Luiz da Cunha, que há décadas se dedica ao estudo da história da imigração alemã, define a importância não apenas de datas, mas de reflexões como devem ocorrer neste 25 de julho.

O motivo está justamente na preservação de aspectos cada vez mais relevantes e indispensáveis na sociedade contemporânea, a fim de ajudar a preservar aspectos que fazem parte de milhares de famílias e também do desenvolvimento econômico e social. Com propriedade, o professor Cunha analisa pontos importantes sob o viés cultural em que se dá a imigração alemã.

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Para ele, datas como o 25 de julho devem servir de reflexão em torno da valorização cultural e sua inegável conexão com o ensino em todos os níveis, desde os mais elementares até a área científica focada nas pesquisas. Para o professor, diversos silêncios e novos horizontes podem ser pensados quando se discute e divulga questões históricas vinculadas às migrações humanas de um modo geral e às migrações alemãs – que se iniciam como imigração para o Brasil em 1824 – no contexto nacional e internacional. “Embora se observe a luta de movimentos sociais e a ‘virada’ na produção de pesquisa especialmente nas ciências sociais e humanas sobre esse tema, ainda prevalece a lógica folcloricocêntrica que norteia a definição de comemorações e festividades relacionadas aos 200 anos da imigração e colonização alemã no Brasil”, observa.

Desse modo, ressalta o professor, é de fundamental importância se aguçar o olhar para compreender a importância da retomada, divulgação, discussão e provocação de diversas manifestações e produções (científicas, culturais, sociais). Isso pode colaborar, segundo ele, para a superação das práticas tradicionais de rememoração e consequentemente de significação das migrações alemãs para o Brasil. “Outra questão a ser apontada é a importância social e política que a memoração, rememoração do tema que fundamenta e legitima nossa consciência individual e coletiva. Eu penso que essa é uma necessidade diante da divisão social e política que vive o Brasil no presente”, complementa.

Assim, salienta o professor Jorge Cunha, a unidade não pode ser construída com base na divisão, na cisão sociocultural. “Por isso, lembrar, conhecer e aprofundar a contribuição da imigração de alemães nos contextos históricos de construção da sociedade brasileira é um atributo contundente para reconhecermos que a unidade somente pode ser construída através do exercício do respeito e do diálogo entre as diversidades humanas”, reforça.

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Edição
: Dejair Machado (dejair@gazetadosul.com.br)
Textos: Dejair Machado, Marcio Souza, Marisa Lorenzoni e Romar Beling
Diagramação: Rodrigo Sperb

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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Carina Weber

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