Em ano de pandemia e com as pessoas permanecendo mais tempo em casa, por vezes até em home office, fazendo do lar um ambiente de trabalho, muitos (re)descobriram a validade e a importância da leitura. Não apenas como ocupação de um tempo disponível, mas como via de esclarecimento e de oxigenação mental.
É o que revelam os dados do mercado editorial brasileiro para 2020: comercialização de 41,91 milhões de livros, avanço de 0,87% em relação a 2019. Pode parecer pouco, menos de 1%, mas haver incremento nesse percentual já é um feito, num País que, de praxe, pouco ou quase nada prioriza leitura e cultura em geral.
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E se 2020 foi um ano com aumento nas vendas de livros, tanto os adquiridos em livrarias físicas (no período em que puderam atender) quanto em lojas virtuais, 2021 tem tudo para não ficar atrás de 2020. Muito pelo contrário. A relação de lançamentos previstos pelas principais editoras do Brasil para o novo ano é de deixar qualquer leitor de carteirinha muito entusiasmado.
Das casas editoriais maiores e mais conhecidas, como a Companhia das Letras, a Record, a L&PM, a Todavia, a Alfaguara e a Planeta, às menores e mais segmentadas, todas apresentam uma lista que tem tudo para fazer muito sucesso nas livrarias. E, o mais importante: para manter o leitor brasileiro atualizado em relação aos grandes temas e aos grandes eventos da literatura e do pensamento no planeta.
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Sempre uma referência incondicional, a paulista Companhia das Letras vai deliciar os leitores em especial com biografias que devem se tornar best-sellers. Talvez nem todas cheguem efetivamente em 2021, podendo estar nas livrarias no início de 2022, mas o simples fato de estarem em elaboração é um acontecimento. É o caso da biografia de Leonel Brizola que a escritora Karla Monteiro está escrevendo. Dela, acaba de chegar, pela mesma Companhia das Letras, a biografia do jornalista Samuel Wainer, um ícone das comunicações no País.
E se Brizola já é um tema fascinante, o escritor Miguel Conde ainda se encarrega da biografia do poeta Ferreira Gullar. E a escritora Mariana Filgueiras, por sua vez, está cuidando da biografia do ator Marco Nanini, enquanto Julio Maria assinará a do cantor Ney Matogrosso e o escritor Rodrigo Alzuguir responde pela de Villa-Lobos. Em outros termos: há leitura de qualidade sobre a trajetória de importantes nomes da política e do universo artístico vindo por aí.
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A Companhia das Letras também anuncia novas traduções de obras da italiana Natalia Ginzburg, do inglês Christopher Isherwood, do israelense Amós Oz, do russo Maksim Górki e do argentino Alan Pauls, entre outros.
A lista da editora 34 inclui nomes como os do inglês Roald Dahl, do norte-americano Lawrence Ferlinghetti, do romeno Paul Celan e do norte-americano Walt Whitman. Já a Estação Liberdade elenca nada menos do que sete títulos do austríaco Peter Handke, Prêmio Nobel, ampliando de forma significativa o portfólio desse autor junto à casa editorial. Outros nomes fortes da Estação Liberdade são Atiq Rahimi, Yoko Ogawa, Yukio Mishima, Hans Fallada, Kobo Abe, Max Frisch e Ingeborg Bachmann, todos em tradução sendo agilizada ou até concluída.
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A Todavia prevê, entre outros, a Nobel Olga Tokarczuk, o francês Romain Gary e a canadense Rachel Cusk. E a Tusquets reserva novos títulos do espanhol Javier Cercas e da francesa Amelie Nothomb. Entre as editoras menores, destaque para a Tabla, que programa um excelente catálogo de autores árabes, como o poeta palestino Mahmud Darwich e os escritores Hoda Barakat, Sabahattin Ali, Hanan Al Shaykh e Amin Maalouf.
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