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2024: Clareza e gratidão, para iniciar e terminar o ano

Foto: Adobe Stock

Quando um novo ano inicia é comum que este também seja um período de renovar ou estabelecer metas, criar expectativas e dar um start para a adoção de novos hábitos. Se elas vão se realizar ou não, dentro de doze meses, aí é outra questão. Inícios e fins de ciclos costumam desencadear inquietações, e é também por isso que uma das principais palavras (e ações) que a psicóloga Luciane Trojahn revela para colocar em prática em 2024 é: ‘clareza’.

Atuando há mais de 20 anos na área da Psicologia, a especialista no Gerenciamento Emocional de Ambientes e Relacionamentos, explica que todo ano traz consigo uma nova configuração. “A cada novo ciclo que entramos temos movimentos que estamos sendo constantemente chamados a adentrar, e o ano de 2024 nos chama muito a esse movimento interno da organização, de encontrarmos dentro de nós os meios que precisamos para que façamos as coisas bem feitas, para que a gente se organize e se determine. 2024 vem com uma regência muito forte de um ano onde estamos abertos a receber. A vibração do universo está aberta a tudo e a todos”, salienta.

Luciane Trojahn atua com assessoria e consultoria
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Segundo Lu Trojahn, cada área do conhecimento denomina essa vibração de uma forma diferente, como, por exemplo, sendo o ano da prosperidade, da abundância, da fartura ou da colheita. “É importante compreender que esse é o ano em que, como o universo está aberto a essa vibração, aquelas pessoas que abriram um processo interno para ir se encontrando dentro do seu processo de vida, talvez terão uma possibilidade muito maior de vivenciar estas sensações, esses movimentos que 2024 coloca”, explica.

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O ano de 2023, conforme a psicóloga, foi um período marcado por um movimento muito forte de adentrar para dentro de si. “Foi um ano em que o movimento da vida nos colocou a um certo isolamento, a uma instabilidade emocional, onde muitas vezes a gente não sabia o que é que estava pensando, como a gente estava, o que tínhamos que fazer. Era um movimento muito forte de estar remexendo com nosso mundo interior. Trouxe-nos um movimento que nos colocou muito nesse aparato mental. Pensamos muito, porque estávamos imersos nesse movimento. Então 2023 foi o ano de ir ao encontro com a sua verdade, de abrir espaço para dentro de si.”

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Neste sentido, ao abrir espaço, Luciane menciona que foi uma certa preparação para 2024. “Com o abrir espaço quero dizer o quanto consigo me permitir a limpar esses meus pensamentos, me desapegar de algumas coisas, me desvincular de alguns espaços, algumas ações, atitudes, alguns pensamentos, me desprender. Quando mais abro espaço em mim, para o vazio, aí que vem o movimento do novo. E o Ano Novo parte muito dessa percepção. Nós necessitamos passar por esses movimentos, porque o início do ano traz consigo esse planejamento, de eu conseguir me organizar, de estabelecer algumas metas, isso, como explica a Neurociência, meu cérebro precisa co-criar aquilo que ele quer, conseguir enxergar aonde eu gostaria de estar daqui a um curto, médio ou longo período de tempo”, reforça, salientando que, para isso, é preciso desapegar. “Só vou ter claro o que desejo no momento em que eu limpo. Não é à toa que dentro da cultura se faz limpeza das casas no final do ano. A gente não adentra se ainda está com acúmulo de mágoas, de tarefas, de trabalho”, recorda sobre a simbologia do desapego e que isso vai além de propor metas, pois se a ambiência for a mesma possivelmente se retornará aos comportamentos antigos. “Em 2024 abra espaço”, reforça Luciane.

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Clareza

Conforme a psicóloga, quando se fala em objetivos visualizamos determinadas coisas, mas gostaríamos de ter a certeza que darão certo. “E a certeza não é palpável, ela é inexistente. O que me coloca no movimento é a confiança, da qual devo me apropriar, quando assumo o medo e vou para a ação. É isso o que me leva. E o que vai determinar isso não é a certeza, mas sim a confiança, e para que a tenhamos é preciso ter clareza de onde não queremos estar. Aí eu abro caminho. Muitas vezes o que nos impede de ir para o movimento é querer ter a certeza de que essa decisão vai ser a mais adequada. Procuremos entender que o movimento se dá muito mais pela clareza e confiança do que pela certeza que vai dar certo. Vivemos hoje um mundo ambíguo, incerto, onde não temos nada com garantia. O que me coloca mais próximo de quem eu sou é como estou agora ”, ressalta, lembrando do conceito que se liga com a sociedade atual, conhecido como VUCA (volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade).

Reflexos da pandemia

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A pandemia provocada pela Covid-19 provocou uma parada mundial. De acordo com a psicóloga, “ela trouxe essa possibilidade do mundo parar e, com isso, sermos chamados a vivermos nossas emoções”, o que, anteriormente, mesmo se relacionando com tudo e todos, nem sempre se encontrava tempo em meio a rotina para desacelerar e sentir. “A pandemia trouxe o ‘pare e olhe’, mas, para cada um, de uma forma diferente. A pandemia traz esse momento único, marcante, e até mesmo de mudança. Dentro da Neurociência viemos de um modelo de sociedade e hoje estamos em outro. Mudou-se as relações. Nem sempre estamos conseguindo entender o que é tudo isso que está acontecendo. Cada um está dentro de um momento dentro do seu processo evolutivo e existem muitos ciclos em que a gente vai precisar se fechar. Então a gente precisa talvez compreender que quando aparece alguma coisa, o quão eu consegui me ampliar, e primeiro aceitar o que estou sentindo e o que preciso. É preciso se acolher, se conhecer”, destaca.

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Praticar a gratidão

Conforme a especialista, é preciso olhar para a vida como ela é. “Muitas vezes o que nos coloca em um espaço de sofrimento e adoecimento são as expectativas. Quando crio uma expectativa de certa forma estou esperando algo, ou estou dando demais ou estou esperando receber do outro, e a vida tem um funcionamento próprio. Tudo acontece como tem que acontecer. Olhar para a vida como ela é, sair um pouco desse espaço da expectativa e ter muito mais clareza de quem fui ontem, quem sou agora, para que aí me coloque em um outro movimento. Quanto mais consigo olhar a vida como ela é, agradecer por aquilo que recebo de graça todo os dias, quanto mais próximo estou disso, abro um espaço maior para não reclamar. Se eu agradeço eu não reclamo. Então ir abrindo esses espaços para agradecer. Acima de tudo o que acontece enxergar três aspectos bons, menos ruins, pois a gratidão (esse parar, sentir e não deixar que o pensamento negativo me domine) muda, ela transforma, provoca um circuito em nosso cérebro para as coisas boas, mas precisa ser treinada desde pequenos. Não tem como tirar as emoções de dentro de nós. Todas elas são boas e ruins. A gente vive com elas, mas somos responsáveis pelo tempo que permanecem conosco. Quando agradeço transformo a minha forma de estar, e isso é o que diferencia da positividade tóxica, pois não é tudo lindo e maravilhoso, nossa vida é de desafios. Por isso tão importante o autoconhecimento, entrar para si, é a verdade. Se busque, se conheça, se lapide. Em 2024 preciso ter intenções de me colocar no meu movimento: o que eu posso estar fazendo por mim hoje?”.

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