Debruçado sobre o teclado fico a matutar o tema a ser abordado neste espaço em final de jornada anual. Para quem pensa que é fácil fazer 52 colunas por ano, sempre a partir de temas atuais e que prendam a atenção do leitor, pode esquecer. Não mesmo! É tarefa desafiadora. Para os detentores de talento, criatividade e bons fluidos de inspiração talvez seja uma função até esportiva. O que definitivamente não é o meu caso.
Nesta época do ano é comum fazer-se um balanço dos últimos 365 dias. Confesso que já fiz isso inúmeras vezes. O resultado? Muitas frustrações somadas às normais que povoam minha rotina. As boas intenções que muita gente escreve e afixa na porta da geladeira ou no espelho do quarto se repetem à exaustão. Depois de umas dez ou 15 tentativas nas quais não consegui atingir nem 40% das metas estabelecidas, desisti. Optei por viver um dia de cada vez, reduzindo as cobranças.
Aos 57 anos, dois filhos adultos e um casamento de 30 anos, permanecer sadio, com vigor para enfrentar o dia a dia e continuar gostando do que faço é meu ideal. As obrigações de cidadão, como pagar impostos e cumprir as leis, são hábitos já incorporados que não causam sofrimento ou esforços demasiados.
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A tecnologia aproximou muita gente, mas também afastou. Temos notícias de pessoas especiais que povoaram nossa trajetória terrena, personagens que desempenharam importante papel em nossa vida. Mas também desperdiçamos muitos momentos dedilhando freneticamente nos smartphones. Como sempre, o bom-senso está – sempre! – no equilíbrio.
A ferocidade que permeia as relações nas ditas redes nem tão sociais é comum. Apenas reflete o que se vê em filas, no trânsito, no convívio diário com alguns semelhantes que ignoram a classificação de “ser humano”.
A troca de ofensas e os julgamentos sumários assinalam o lado negativo da tecnologia que, paralelamente, assegura maior qualidade de vida, grande sucesso no combate a doenças e o prolongamento da vida de milhares de portadores de moléstias.
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Talvez com o tempo possamos vislumbrar um pouco de civilidade nas relações interpessoais. O importante é não esmorecer, independentemente de fixar metas para 2018 que está aí na frente, a poucos dias da virada. O clima de entendimento que compõe a trilha sonora dos comerciais e mensagens de dezembro quase sempre se esvai ao vento depois das férias.
A pressa, a necessidade de ganhar o sustento, a insegurança que grassa em todo canto, os riscos à saúde, a manutenção do emprego. Os dramas se repetem. O que muda é a maneira de encarar cada desafio. Muitas vezes falta força, mas é preciso perseverar. Um 2018 de energia, amigo(a) leitor(a)
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