Faltando um dia para o 20 de setembro, o espírito farroupilha acende com força nos corações de todos os gaúchos. Para entrar no clima, o dia exige um chimarrão bueno e um churrasco de patrão entre amigos e a família. Muitos não abrem mão de comemorar a data a caráter, com a indumentária tradicional do Rio Grande do Sul, a pilcha.
A vestimenta dos gaúchos foi sendo modificada desde seus primórdios, da colonização dos pampas até hoje em dia. Sabe-se que a indumentária é influenciada diretamente pela lida campeira e pela união cultural, social e histórica dos primeiros habitantes da América do Sul. Atualmente, as peças oficiais seguem regras definidas pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG).
De acordo com a secretária da 5ª Região Tradicionalista (RT), Carmem Lucia César, para o peão, os requisitos básicos são a bombacha, que custa em torno de R$ 100,00; a camisa social, que pode ser encontrada por R$ 70,00; e a bota, que varia entre R$ 100,00 e R$ 500,00. Já outros itens, como o lenço, são mais baratos e podem ser adquiridos por R$ 10,00. A guaiaca varia de R$ 30,00 até R$ 200,00.
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Para a prenda, a peça essencial é o vestido, que varia entre R$ 250,00 e R$ 350,00. Também é necessário, para compor o visual, a saia de armação, que custa por volta de R$ 100,00. A sapatilha sai por cerca de R$ 100,00 e a bombachinha, por R$ 30,00. Carmem lembra ainda que outras indumentárias podem ser utilizadas. “A prenda adulta pode usar uma blusa ou um casaco, assim como o peão adulto também pode utilizar”, salienta.
Tradicionalista dá dicas para um churrasco bom e barato
Além da indumentária, o chimarrão e a carne pingando na brasa fazem parte da tradição. E a boa notícia é que não é necessário gastar muito para um bom churrasco. “Os preços estão mais salgados, mas é possível fazer uma carne boa e não esbanjar”, garante o peão Abel Lacerda, do CTG Rincão da Alegria. Para os gaúchos que querem cortes mais baratos, Lacerda recomenda a costela minga, que pode ser encontrada por R$ 14,00 o quilo; o vazio, que custa cerca de R$ 24,00; e a costela, que está em torno de R$ 17,00.
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Para fazer um churrasco sem erros, Lacerda dá algumas dicas, como esperar o carvão estar em brasa para colocar a peça na churrasqueira. Já para um churrasco mais tradicional, ele recomenda usar a lenha. “O sabor fica diferente, com gosto mais campeiro”, afirma. Ele ainda recomenda que o assador calcule 700 gramas de carne por pessoa para não sobrar muito, nem faltar.
Enquanto se assa a carne, não pode faltar um bom chimarrão na roda de amigos e familiares. Lacerda alerta que a temperatura da água não pode passar de 80 graus. “Tanto para a questão da saúde como também da própria erva. Se for muito quente, ela queima e perde o gosto”, ressalta o peão. Estudos da OMS indicam que, para não oferecer riscos à saúde, a temperatura da bebida não pode passar dos 65 graus. Portanto, nada de mate pelando a língua.
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