O jovem senhor freia sua bicicleta. Enquanto me despeço de Leonice, presidente da Seisc, ele se apresenta: “Sou André, filho do Sr. Modesto Rossa. Lembras dele?” A família Rossa, conhecida por muitos de nossa infância, residia próximo à nossa casa no atual Bairro Universitário. Ainda hoje, dona Irene, “minha tia”, acrescenta o sobrinho, “mora ali”.

Antes de seguir a conversa com o recém-chegado, Leonice reforça a possibilidade de um novo encontro com as imobiliárias ainda em fevereiro. Encontro que se soma a muitos outros que aconteceram de janeiro para cá, a exemplo das falas com diversos proprietários de áreas no Cinturão Verde, moradores do Bairro Várzea/Navegantes e líderes comunitários de diferentes bairros.

Também ouvimos a direção da Coomcat e do Movimento “Lixo Zero”, bem como técnicos e pesquisadores da Unisc, da Dom Alberto, da Unipampa, do Cisvale, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardo e tantos mais que estão se dispondo, generosamente, a trabalhar em conjunto por uma cidade socioambiental. A estes, têm se feito atuantes e sempre dispostos a contribuir os secretários municipais e suas equipes, assim como diversas instituições e pessoas imbuídas pelo sentimento colaborativo, como a bióloga Josiane Rovedder, que trabalhou no Zoneamento Ecológico Econômico do Estado (ZEE-RS).

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O momento se faz ampliado em gratidão aos colegas de apoio, que, aos seus afazeres cotidianos, agregam as tarefas executivas do Movimento pelo Cinturão Verde. Gratidão estendida aos meios de comunicação e a todos que, como André, se prontificam: “Vim aqui para dizer que quero colaborar. Podes me passar teu contato?” De pronto lhe passei o número do celular, (51) 99830 8445. “Preciso ir, o menino já está impaciente”, seguiu o pai, ajeitando com segurança o filho na cadeirinha da bicicleta.

Também o Cinturão Verde se mostra impaciente. Quer soluções para seguir beneficiando a toda a comunidade. Para alegria do menino de 5 anos, o pai acena proximidades e segue seu caminho. À tarde lhe passei a cartilha propositiva do Movimento, me apressando em dizer que estamos nos aproximando da fase dois, para, no momento amadurecido, ingressarmos na implementação das ações consensuadas após amplos e democráticos debates.

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Assim, na Sessão Especial a ser realizada nesta segunda-feira, 19 de fevereiro, às 14 horas, na Câmara de Vereadores, conforme expediente de autoria do presidente, vereador Gerson Trevisan, apresentaremos uma síntese do que até agora foi trabalhado, para focar a busca pelo conhecimento integrado da área em questão. Se fazem parceiros no conhecimento visando a preservação do Cinturão, a partir dele mesmo, e a priorização de medidas compensatórias aos proprietários preservacionistas, até porque se consolida a percepção de que se todos usufruem das virtudes do Cinturão em pé, justo se faz o devido e concreto reconhecimento aos que assim nos prodigalizam.

Cabe esclarecer que uma fase não substitui ou interrompe a outra, o que se coaduna com a condição nominal do Movimento, lançado pela prefeita Helena Hermany no dia 19 de janeiro deste promissor ano de 2024. Ao tempo em que adensamos sequências programáticas, as reuniões seguem acontecendo, como a do dia 16, com o Conselho Municipal do Meio Ambiente, presidido pelo geólogo Enoir Greiner.

Por falar em reuniões, como não associar a que ocorreu com representantes dos ciclistas e o encontro com André, em frente ao Palacinho? O menino Gustavo, filho de André, tem pressa em andar de bicicleta, um meio que não polui. Está aí uma mensagem repleta de futuridade presente: uma criança que se move por melhores ares, purificados por árvores universais que nos abraçam.
Sugestões e manifestações seguem muito bem-vindas.

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