11 de setembro – verso e reverso

Desde a queda das torres gêmeas nova-iorquinas, principalmente, alimentou-se a ideia de que norte-americanos compreendessem e reavaliassem exageros intervencionistas, e agissem em contenção e moderação. Mera ilusão!
Os Estados Unidos constituem-se no grande império econômico-bélico sem precedentes na história recente. Pela natureza da conduta, não irão sensibilizar-se com crises de identidade de outros povos, notadamente aqueles subordinados e dependentes.

Isso significa que se dispõem a pagar o preço e o custo da hegemonia, inclusive com vidas humanas, próprias e de outras nações. Então, dada a “vocação” imperialista, não se limitarão às suas retóricas razões de combate ao terror alheio, mas promoverão e garantirão a definição de ações globais e territórios de dominação.

Irônica e cinicamente, os Estados Unidos realizam um discurso pretensamente pacifista e universalista, utopicamente exemplar e educador em democracia e progresso, concomitantemente com as práticas intervencionistas de natureza econômica e militar, em tutela política de países e regiões periféricas, a exemplo do Oriente Médio, entre outros.

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O pós-guerra fria determinou aos demais países a convivência com uma superpotência remanescente. Ressalva: ultimamente, porém, há uma evidente tentativa de reacomodação geopolítica, considerados os movimentos da Rússia e da China. Aliás, ambos igualmente imperialistas.

Paralelamente, o moderno imperialismo também se impõe pela produção e distribuição dos produtos de comunicação de massa, efetivos no estabelecimento e predomínio cultural de um meio e modo de vida, no caso estrangeiro, resultando na fragilização da autoestima dos nativos e na desfiguração da identidade nacional, entre outros pontos relevantes.

Com o desenvolvimento e alcance da parafernália eletrônica midiática e a abertura plena dos mercados econômicos, tais diferenças entre os povos tornaram-se flagrantes e de consequências imprevisíveis. Para o bem e para o mal.

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Esta experiência contraditória, o interregno entre a decadência – ou seria subjugação? – dos valores sociais e culturais de uma nação e a assimilação/sobreposição de modelos e valores estrangeiros, é comum na história da humanidade, mas revela-se excepcionalmente dramática nos dias de hoje, dada a frequência e a instantaneidade das comunicações e ocorrências.

Objetiva e consequentemente, o que sucede, a qualquer fato e época, é que toda nação com pretensões e ações imperialistas se sujeita à antipatia dos “invadidos, conquistados e dominados”.

É o constante verso e reverso da história!

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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