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AGRICULTURA

Arrozeiros gaúchos e catarinenses se unem contra a crise

A União Central de Rizicultores (UCR) de Cachoeira do Sul organiza nesta terça-feira, 6, uma excursão para a cidade de Turvo, em Santa Catarina, onde acontece durante toda a tarde o workshop A Crise do Arroz Irrigado: Agravamento e Perspectivas. O evento, que visa articular o setor para enfrentar as dificuldades produtivas, é promovido pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz de Santa Catarina, em conjunto com Sindarroz/SC, Brazilrice, Cooperjuriti, Cravil, Copagro, Cooperja, Coopersulca, Federarroz/RS e a Faesc.

Conforme o presidente da UCR, Ademar Kochenborger, o grupo que se desloca para apoiar o movimento no estado vizinho é formado por 49 produtores de arroz de Cachoeira do Sul, Cerro Branco, Novo Cabrais e Candelária. “Vamos retribuir o apoio que recebemos recentemente, durante o movimento Te Mexe Arrozeiro, realizado no dia 31 de janeiro no município de Restinga Seca”, conta. O agricultor, que planta na localidade de Porteira Sete há mais de 30 anos, reforça que o setor enfrenta dificuldades desde 2002, acumulando endividamento.

“Nos últimos 15 anos, tivemos renda em apenas duas safras. Isso gerou um enorme passivo”, argumenta. Atualmente, o custo produtivo gira em torno de R$ 45,00 a R$ 50,00 por saca, conforme a produtividade da lavoura, enquanto o mercado oferece, no máximo, R$ 35,00 pela saca de 50 quilos. “Sem capital de giro, hoje o negócio arroz está inviável. Não temos nem como honrar as contas. Com o cereal a esse preço, pagamos apenas 50% das despesas desta safra.” A preocupação é que o grão siga o mesmo caminho no trigo gaúcho, que hoje caminha para a extinção.

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Kochenborger destaca que os principais itens da pauta de reivindicações da cadeia produtiva do arroz incluem o alongamento das dívidas dos produtores e preços mais competitivos para o produto. Outro ponto é a alta carga tributária, já que os orizicultores desembolsam 33% de imposto da porteira para dentro, segundo o presidente da UCR. “Em nenhum lugar do mundo se produz alimento com esta carga tributária.” Além disso, enumera problemas envolvendo questões trabalhistas, ambientais e a competição com a entrada do arroz do Mercosul no Brasil.

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