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Meio ambiente

Escada dificulta reprodução de peixes no Rio Pardinho

Desde que foi construída a barragem para direcionar parte da vazão do Rio Pardinho ao Lago Dourado, em Santa Cruz do Sul, a quantidade de peixes na margem do manancial começou a diminuir. Quem afirma é o pescador Irineu Becker.

Quase uma década depois, a situação só piora e, atualmente, é incomum ver peixes na localidade de Rio Pardinho. “Hoje só tem lambari, e pequeno. Na beira do rio não encontramos mais carpas, jundiás e grumatãs como no passado”, atesta Becker.

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Becker: a situação só piora | Foto: Lula Helfer

O problema, segundo pescadores, estaria relacionado com a inclinação da escada de acesso aos peixes, que torna a passagem deles difícil. Na época da piracema, que é a reprodução dos peixes, eles precisam subir o rio rumo às nascentes. 

“É preciso instalar outro sistema, semelhante ao utilizado na Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu. O modelo alemão, usado em Itaipu, cria uma espécie de canal para facilitar a piracema”, aponta o líder comunitário Hardi Lúcio Panke. 

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Acompanhado dos pescadores de Rio Pardinho, Panke luta para modificar a estrutura já instalada no manancial. “Além disso, é preciso que haja segurança. Na piracema, não é permitido pescar aqui.” No acesso à barragem, na tarde dessa sexta-feira, não havia vigilância na guarita.

Corsan responde

A responsabilidade sobre a barragem do Rio Pardinho é da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que, desde o dia 30 de agosto passado, já foi notificada pelos pescadores. Conforme o gerente da estatal em Santa Cruz, Armin Haupt, a escada instalada na barragem foi feita seguindo os padrões de engenharia ambiental da Corsan. “Nós recebemos o pedido da comunidade, mas ainda não há um posicionamento final sobre a demanda.” 

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Quanto à presença de um vigilante, ele explica que há seis meses o local foi desativado pela Corsan. Segundo ele, o monitoramento do rio compete ao Grupo de Polícia Ambiental (GPA), da Brigada Militar.

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