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Economia

Em Santa Cruz do Sul, 23,2% dos CPFs estão no SPC

O índice de CPFs cadastrados no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) em Santa Cruz do Sul aumentou 5,2 pontos percentuais nos últimos dois anos. Dos 18% registrados em 2015, o número de clientes inadimplentes saltou para 23,2% em 2017. Mesmo expressiva, a média de consumidores que está em débito com lojas por meio de crediário, cheque ou carnê no município ainda fica bem atrás dos registros em níveis estadual e nacional. Conforme o diretor do SPC em Santa Cruz do Sul, Adilson Schuenke, o percentual de pessoas com CPFs comprometidos no Rio Grande do Sul supera os 30%. E no âmbito do País aumenta ainda mais: chega a 40%. 

Para Schuenke, o cenário de incerteza política e econômica continua a impactar na capacidade de consumo das pessoas. “Esses fatores negativos estão diminuindo, mas é um processo lento. Ainda sentimos os reflexos da crise”, diz.
Apesar da elevação do endividamento no município, a redução de dispensas frente às novas contratações em Santa Cruz do Sul apresenta, segundo o diretor do SPC, potencial para reduzir o índice de consumidores que ficam em débito com lojas.

Os números sobre os empregos, aliás, foram divulgados na última quarta-feira pela Gazeta do Sul. Entre efetivas e temporárias, 5,5 mil novas vagas foram geradas de janeiro a maio. A utilização dos valores recebidos por meio das contas inativas do FGTS também contribuiu, segundo Schuenke, para que o índice de inadimplência não se elevasse ainda mais. “Muitos utilizaram parte desse valor para quitar as dívidas com o comércio.”

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Empresas buscam formas de reduzir risco de inadimplência

Enquanto a economia se encaminha para um cenário positivo a passos lentos, os lojistas de Santa Cruz do Sul buscam opções para minimizar o índice de devedores. Além de participar dos mutirões anuais de negociação realizados pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a Casa Nova Materiais de Construção tem buscado ofertar mais condições de pagamento. Segundo a administradora Ana Paula Anderson Passos, nos últimos dois anos o desconto à vista tem se colocado como uma prática que auxilia nas vendas e reduz a inadimplência.

A análise de crédito também configura outra opção recorrente, principalmente quando o valor de compra é mais elevado. “A abertura de crédito está mais rigorosa aqui na loja. Consultamos o CPF do cliente no SPC e também fazemos um cadastro com o máximo de informações possíveis”, complementa Ana Paula. 

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A utilização do sistema SPC da CDL, segundo o diretor Adilson Schuenke, se coloca como uma importante alternativa para que o empresariado possa se precaver de vendas malsucedidas. O mutirão da CDL, ação que consiste em enviar cartinhas com novas propostas para que o débito possa ser quitado, é outra ação da câmara para minimizar o índice. A expectativa é que em 2017 a iniciativa ocorra em setembro.

O que fazer

Ninguém quer ver o seu nome no Serviço de Proteção ao Crédito. Além de ser uma tremenda dor de cabeça, o registro junto ao sistema impede que o consumidor acesse financiamentos e empréstimos ou abra crediário em outras lojas. De acordo com o diretor do SPC em Santa Cruz, Adilson Schuenke, assim que constatar o problema, o consumidor deve entrar em contato com o lojista para tentar uma renegociação. “Essa é a dica mais eficiente.

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O comerciante local está sempre aberto a renegociações e dificilmente não aceitará conversar.” Segundo Schuenke, é importante que a pessoa endividada explique sua situação financeira e proponha parcelar a dívida. Em muitos casos, os próprios lojistas oferecem propostas que estão ao alcance do cliente. “Não há porque ter medo. Os lojistas têm interesse em receber esse cliente e restabelecer o crédito.”

Outro dado é que os jovens têm sido os mais inadimplentes. “Pessoas até os 30 ou 35 anos estão bem mais endividadas do que clientes com mais de 50”, afirma Schuenke. Para evitar problemas, ele aconselha que os consumidores planejem o fluxo de caixa e evitem compras por impulso. 

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