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Tabaco

Entidades orientam produtores rurais a reduzir a área

As seis federações representativas dos produtores e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) estão finalizando a elaboração de um folheto a ser distribuído aos agricultores que plantam tabaco. Nele, vão orientá-los a reduzirem, se puderem, ou a manterem a área plantada na próxima safra. A medida se deve às informações obtidas pelo setor de que a demanda mundial pelo tabaco, que em 2005, 2008 e 2010 era de quase 7 milhões de toneladas, hoje não chega a 5 milhões de toneladas. Também busca maior lucratividade para os fumicultores, pois quando a oferta é maior que a demanda o preço diminui.

Conforme o presidente da Afubra, Benício Werner, essa diminuição do consumo tem como causas as restrições em ambientes para uso de cigarro. “O número de consumidores não diminuiu mais. Porém, a redução no consumo afeta diretamente a produção. Esse fato está nos preocupando e não podemos deixar os agricultores produzirem uma quantidade de tabaco que o mercado não absorve. Então, temos que  conscientizá-los de que os tempos são outros”, disse Werner em entrevista à Rádio Gazeta. 

Na safra 2016/2017, a área plantada nos três estados do Sul foi de 298.530 hectares, o que corresponde a 98% do espaço plantado (311.130 hectares) em todo o Brasil. A estimativa de produção deste ciclo é de 695 mil toneladas nos três estados, mas a Afubra já tem a convicção de que essa quantidade pode ser ultrapassada. Isso porque em visita a produtores tem sido verificado que a produção do Virgínia, hoje estimada em 605 mil toneladas, pode ser 20 mil toneladas maior.  

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A produção ideal para uma boa remuneração na safra 2017/2018 no Sul do Brasil é de 588,5 mil toneladas, ou seja, de 520 mil toneladas do Virgínia, 60 mil toneladas do Burley e 8,5 mil toneladas do de galpão comum, de acordo com o presidente da Afubra. Essa avaliação considera também o fato de estar diminuindo o consumo do cigarro tradicional e aumentando o do eletrônico, que utiliza apenas 20% da quantidade de tabaco usada no tradicional. Apesar destes fatores, Werner frisa não acreditar que o tabaco está com os dias contados, pois Santa Cruz terá a instalação de mais uma fábrica de cigarros e não faz muito tempo a British American Tobacco (BAT)  adquiriu, nos Estados Unidos, a Reynolds American por um valor altíssimo.

No entender de Werner, nenhuma dessas empresas faria um investimento dessa magnitude sem ter uma perspectiva de buscar o retorno. “Neste sentido, estamos muito tranquilos”, assegura.

Até julho

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A entrega da produção  da safra 2016/2017 nos três estados do Sul, até o dia 13 deste mês, atingiu 60% do tabaco do tipo Virgínia e 91% do Burley. Esses percentuais são normais para o período, principalmente considerando o volume produzido. A Afubra estima que no fim de julho a safra estará toda vendida.

O preço ainda está bem aquém da expectativa. O Virgínia, no ano passado, era comprado por R$ 10,07 o quilo e este ano, até o momento, tem média de R$ 9,00. No Burley, o preço pago ao produtor em 2016 era de R$ 9,00 e este ano está, na média, em R$ 8,78. A maioria dos produtores da região começa a fazer as sementeiras em junho ou julho, mas alguns da parte mais baixa, que plantam no cedo, já iniciaram os preparativos. 

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