Os ex-funcionários do Hospital Regional do Vale do Rio Pardo se reúnem hoje, às 13 horas, no salão de festas da Irmandade Nosso Senhor dos Passos, nos fundos do estabelecimento de saúde, para debater os procedimentos para garantir o pagamento dos direitos após a rescisão dos contratos de trabalho. No total, 165 trabalhadores foram demitidos pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) no dia 5 de abril em consequência da troca da gestora da instituição, que passou para a responsabilidade do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva (Gamp). Até agora, as rescisões não foram pagas.

Dentre os ex-funcionários demitidos, alguns foram recontratados pela nova gestora, mas também aguardam os valores das rescisões. A Fundação Hospitalar Getúlio Vargas alega que espera a quitação dos repasses devidos pela Prefeitura de Rio Pardo para que possa fazer o pagamento. Segundo a FHGV, a Prefeitura precisa encaminhar R$ 7 milhões pelos serviços prestados em janeiro, fevereiro e março. 

Já o município condicionou o ressarcimento à liberação de R$ 20 milhões que o Hospital Regional do Vale do Rio Pardo tem a receber do governo do Estado. Em audiência com o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, no dia 10 de abril, houve o acordo para o repasse do valor ao Fundo Municipal de Saúde em duas parcelas. A primeira parte estava prevista para após a assinatura do aditivo no contrato com o governo do Estado. Ele prevê a redução de R$ 400 mil no valor mensal de R$ 2,3 milhões destinado ao hospital pelo Estado. 

Os ex-funcionários informaram que a Prefeitura propôs fazer o depósito dos valores das rescisões em juízo, mas eles temem que, com isso, tenham que esperar ainda mais tempo para receber. Por isso, no encontro de hoje, com a participação de representantes do sindicato dos trabalhadores, serão debatidos os procedimentos. O prazo para pagamento dos direitos trabalhistas termina hoje. n