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Santa Cruz

Furtos mudam rotina de segurança em revendas

Uma nova modalidade de furtos de veículos em Santa Cruz do Sul tem colocado os proprietários de revendas em alerta. Com isso, as rotinas e estratégias de segurança adotadas nos estabelecimentos têm sofrido mudanças. Pelo menos três casos de ataques a esse tipo de empresa foram registrados no município nos últimos meses. O mais recente foi na Rua Tabelião Rudi Neumann, no Bairro Goiás. Mais uma vez, os criminosos aproveitaram que as chaves estavam nos veículos – uma prática até então comum nesses locais – para fugir em dois carros.

Lucas Coletto, de 34 anos, dono da revenda alvo de ladrões há uma semana, conseguiu recuperar o Astra e a Parati no dia seguinte. Os veículos estavam escondidos em um matagal próximo ao Autódromo Internacional. Agora, além de não deixar as chaves na loja à noite, o proprietário mantém todos os carros chaveados durante o dia. “Se um cliente chega aqui e me pede para ver um carro, eu tenho que pegar a chave e abrir. Antes ficavam sempre abertos. À noite eu tiro todas as chaves daqui, não tem como levar.”

Além disso, duas cancelas de metal impedem o ingresso de veículos, inclusive motocicletas, no pátio da revenda. Coletto também está providenciando a instalação de câmeras de segurança. Para entrar na revenda, durante a madrugada, os criminosos cortaram o cadeado de um dos portões. Coletto acredita que o objetivo dos ladrões era levar mais automóveis, mas somente alguns estavam com a chave. “Eles queriam levar quatro ou cinco carros. Um, que estava sem a chave, eles chegaram a empurrar até a rua.” Como o alarme disparou, os invasores fugiram em seguida com os dois veículos.

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Na loja mantida por Nestor de Oliveira, no Bairro Arroio Grande, as medidas de segurança também precisaram ser reforçadas. No início do mês, cinco ladrões arrombaram as fechaduras da revenda e fugiram cada um pilotando uma motocicleta. O proprietário costumava deixar as chaves nos veículos, para agilizar o atendimento aos clientes, uma prática que abandonou logo no dia seguinte. Depois do crime, ele decidiu gradear toda a fachada, que antes era somente de vidro. Alarmes também estão sendo instalados.

O vice-presidente da Associação dos Revendedores de Veículos de Santa Cruz do Sul (Arevesc), Luciano Sins, confirma que os lojistas vêm reforçando as precauções. “Antes esses crimes eram cometidos na rua, não nas lojas. Isso é novo. Nós sabemos que a polícia está trabalhando nos casos, mas os associados estão se protegendo para tentar coibir isso.” Na revenda que mantém na Rua Júlio de Castilhos, no Bairro Goiás, foram instaladas mais câmeras de segurança e o controle dos veículos está mais rigoroso.

Bandidos exigem resgate por veículos

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A prática conhecida como “sequestro de veículo”, comum em Santa Cruz, seria um dos fatores que motivam esse tipo de delito. Nesse caso, os criminosos levam o veículo e entram em contato com o proprietário exigindo um valor. Em geral, pedem R$ 1 mil a R$ 2 mil de resgate. Muitos proprietários, com receio de não recuperar o veículo, cedem à extorsão. Os casos são investigados pela Polícia Civil.
Nas revendas, além de furtar, os ladrões têm fácil contato com o proprietário, já que basta telefonar para a revenda. Segundo o capitão Rafael Menezes, da Brigada Militar, os veículos levados nos três casos registrados foram recuperados. Ainda segundo o capitão, a BM vem trabalhando, por meio da realização da Operação Avante, para tentar evitar esse tipo de crime, que é considerado uma nova modalidade. “É um modus operandi diferente. Conforme eles estão migrando, a gente também está atuando para coibir.”

Outros casos

Também no Bairro Arroio Grande, outra revenda de carros decidiu reforçar a segurança após perceber, há pouco mais de um mês, que 20 pneus reserva tinha sido furtados dos veículos. Mesmo com câmeras de segurança, os ladrões não se intimidam e ingressam no local para furtar até lâmpadas. Com isso, o proprietário decidiu instalar mais sensores de movimento e câmeras, além da iluminação ao redor da loja. Os carros agora permanecem chaveados. Em outra loja, também na Avenida Euclydes Kliemann, o proprietário decidiu instalar cerca elétrica, como forma de tentar manter os ladrões longe dos veículos. n

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Relembre

O primeiro caso registrado foi o ataque a uma revenda na Rua São José, em 9 de janeiro. Criminosos levaram seis motocicletas durante a madrugada. Os ladrões arrombaram dois cadeados do portão do estabelecimento, no Bairro Avenida. As chaves das motos estavam em um escritório. No mesmo dia, um homem furtou um veículo de uma revenda na Rua Júlio de Castilhos, no Bairro Goiás. Ele se passou por um cliente e pediu para ver uma motocicleta. Disse, então, que daria uma volta na quadra para testá-la e não retornou mais.

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